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Notícias | Região Política

Feller entrega prefeitura de Parobé hoje à presidente da Câmara de Vereadores

Maria Eliane Nunes assume interinamente após TSE negar candidatura de Feller, à frente do Executivo desde agosto de 2018

Por Débora Ertel
Publicado em: 10.12.2019 às 06:00 Última atualização: 10.12.2019 às 10:17

Irton Feller na prefeitura, ontem, em seu último dia no comando do executivo local Foto: Débora Ertel/GES-Especial
Em 36 meses, Parobé vai acompanhar, nesta terça-feira (10), a terceira posse de prefeito. Depois de Moacir Jagucheski (PPS) e Irton Feller (MDB), hoje será a vez de Maria Eliane Nunes (MDB) assumir interinamente o Executivo do município de 58 mil habitantes. O ato está marcado para a tarde, mas sem horário definido, no centro administrativo. Isso acontece porque o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) negou o registro de candidatura a Feller (MDB) no dia 15 de outubro. Depois de várias batalhas judiciais travadas desde 2016, Feller foi comunicado no final da última semana de que seria afastado em definitivo do cargo.

Em meio a isso, uma coisa é certa: os eleitores de Parobé terão que comparecer às urnas duas vezes em 2020. Conforme a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), será realizada eleição suplementar no próximo ano, independente de ser um ano eleitoral.

De acordo com o órgão, o TSE já comunicou o juiz eleitoral de Taquara, Frederico Menegaz Conrado, de que um novo pleito deve ser organizado. No entanto, o cronograma ainda não foi definido pelo TSE. A expectativa é que a eleição ocorra em março, fazendo com que o município tenha quatro prefeitos no período de quatro anos.

Tranquilidade

No dia de ontem, Feller, de 63 anos, sendo 40 deles dedicados à política, encarou com tranquilidade a ordem judicial. "Nós queríamos e ainda queremos chegar até o fim. Mas ordem judicial foi feita para ser cumprida", disse ele. Na visão de Feller, "não é o fim do mundo" deixar a administração municipal, já que essa situação desgastou o município e os cidadãos. "Mas eu não posso admitir que vou deixar de recorrer, porque se não afirmo uma culpa que não tenho, além de ser uma atitude covarde com os quase 11 mil eleitores que votaram em nós", declarou.

Impugnação

Feller teve a candidatura impugnada pela coligação liderada pelo PDT. O motivo alegado foi a rejeição de suas contas quando era presidente da Companhia Riograndense de Artes Gráficas (Corag), em 2006. A Justiça Eleitoral de Taquara aceitou o pedido e negou o registro, decisão mantida pelo TRE. Mas, o TSE devolveu a ação, alegando inconsistência. Depois do segundo julgamento, mais uma vez o TSE devolveu o processo para a Justiça Eleitoral de Taquara, desta vez com novo titular. O Ministério Público recorreu ao TRE, que negou novamente o registro de candidatura em dezembro de 2018. A defesa foi ao TSE derrubar a decisão, mas acabou tendo o recurso negado.

O pedido é manter projetos e secretariado

Moacir Jagucheski, vereador reeleito em 2016, assumiu como interino dia 2 de janeiro de 2017, depois que os vereadores elegeram a mesa diretora do Legislativo. Após um ano e sete meses no comando da prefeitura, no dia 3 de agosto de 2018 o juiz Rafael Peixoto indeferiu a impugnação de Feller e concedeu registro ao emedebista. Assim, ele tomou posse do cargo em 13 de agosto e Marizete Pinheiro (PP) assumiu como vice. Já Jagucheski, na época, retomou sua cadeira na Câmara.

Feller, que agora vai passar o cargo para Maria Elaine, presidente do Legislativo local, acredita que a colega de partido fará um bom período de transição. “Se ela quiser, terá todo o meu apoio. A única coisa que pediria é para não mexer no secretariado, pois o tempo é curto para organizar tudo de novo”, declarou ele. Maria Elaine está no Legislativo desde 2013 e já declarou que pretende dar continuidade aos projetos e ações em andamento.

Avaliação

"Agora que estávamos encaminhando uma pauta positiva, tomamos uma chapuletada e ficamos tontos", disse Feller, sobre o mandado que recebeu para deixar o cargo. O comunicado veio por telefone, no dia 4 de dezembro, quando estava em Brasília visitando os gabinetes em busca de verbas das emendas parlamentares. Como último ato administrativo importante como prefeito, ele assinou o contrato da pavimentação de 2,5 quilômetros da Estrada de Santa Cristina do Pinhal. "Também deixei encaminhada a licitação da iluminação de led", informa. Dentro das ações realizadas, destaca ainda a reativação da saibreira do Morro Negro e o financiamento para renovar o maquinário da prefeitura. "Também tivemos um aumento na arrecadação de ICMS de 2,2%, enquanto 174 municípios do Estado diminuíram. Isso foi reflexo das ações que fizemos para crescer", garante. Sobre o seu futuro na política, Feller diz que não há como planejar nada, pois os embargos ainda não foram julgados.

Principais contas da prefeitura estão em dia

Feller comenta que os principais compromissos financeiros do Executivo foram quitados e será preciso ajustar algumas pendências com credores. O salário de novembro do funcionalismo municipal já foi pago e a segunda parcela do 13º será em 17 de dezembro.

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Foi o período de dias corridos do governo Irton Feller em Parobé.

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