Um dos casos mais chocantes da recente crônica policial da região metropolitana completa quatro meses sem solução na semana que vem. Foi na manhã do dia 24 de agosto que moradores do bairro Marechal Rondon, em Cachoeirinha, encontraram pedaços de um recém nascido. Até hoje a Polícia Civil busca informações a respeito de quem é a mãe do bebê cuja cabeça fora achada no meio da estreita Rua Bélgica, também em Cachoeirinha. "Entramos em um beco sem saída", confirma o chefe de investigações da 2ª Delegacia de Polícia (DP), Felintho Souza. "As informações que apareceram não nos levaram a lugar algum e esgotamos as possibilidades na tentativa de encontrar quem deu a luz à criança."
Conforme apontou na época o delegado Maurício Barison, responsável pela apuração conduzida pela 2ª Delegacia, foi promovida uma verdadeira caçada em busca das grávidas de Cachoeirinha. De saída, os policiais miraram mães que fizeram o registro de pré-natal na cidade. A ideia era simples. Se existe o registro, a Polícia vai atrás para saber cadê a criança. "Vamos bater de porta em porta", apontou. "E comparar o DNA da criança achada morta." Só que nem esta estratégia acabou resultando em um avanço do caso.
O corpo esquartejado do bebê foi localizado no meio da manhã do dia 24 de agosto, uma sexta-feira. Foram encontradas a cabeça e o braço direito, além de um órgão, provavelmente um rim, parcialmente destroçado pelos cachorros que viviam à solta próximo a um terreno baldio. Uma característica que chamou a atenção dos policiais foi o número excessivo de ferimentos com algum instrumento cortante, provavelmente uma faca, no rosto e na cabeça da criança.
É provável que, quem cometeu este crime, estivesse sob efeito de drogas ou em algum surto, conforme apuraram preliminarmente os peritos que trabalharam no caso. "Não foi uma ação com cortes precisos, mas impulsivos. Aparentemente havia muita raiva em quem cortou a criança", disse na época Barison.
Para quem quiser colaborar com alguma informação pertinente ao caso, o telefone à disposição é o disque-denúncia 181 da Polícia Civil. Quem preferir, pode tentar colaborar encaminhando um WhatsApp para (51) 98608-9984. A polícia garante o anonimato ao receber qualquer ajuda.