Quem pensava que as peripécias políticas de 2019 encerraram está redondamente enganado. Após a região cassar mandatos de vereadores e até mesmo de prefeitos neste ano, além de quem caiu do comando do poder Executivo por decisão judicial, mais um duplo capítulo polêmico foi registrado nesta sexta-feira (20). Foram protocolados na Câmara de Montenegro duas denúncias que podem resultar na abertura de processos de impeachment contra o prefeito Carlos Eduardo Müller, o Kadu (PP), que assumiu o mandato em função da cassação de Luiz Américo Aldana (PSB), em setembro de 2017.
Somando estas duas denúncias levadas ao Parlamento nesta sexta-feira, Kadu totaliza o quarto pedido de impedimento em 2019. Os pleitos anteriores foram arquivados pelo Parlamento montenegrino. A partir do dia 26 de dezembro, o setor jurídico da Câmara analisará os pedidos para verificar se possuem fundamentação. Caso entenda que podem ir a plenário, serão levados a conhecimento dos legisladores, que devem decidir pela abertura ou não do procedimento político-administrativo. O Legislativo não deverá convocar sessão extraordinária para eventual análise das matérias, com isto, a decisão de admissibilidade ou não deverá sair apenas em fevereiro do próximo ano.
Ambos os questionamentos perante os atos de Kadu partiram de eleitores do município. A primeira diz respeito a pontos não cumpridos no Plano Diretor da cidade, cujos prazos de adequação não teriam sido cumpridos pela prefeitura, como a implementação do Plano de Mobilidade Urbana e do Patrimônio Histórico e Cultura, por exemplo. A segunda denúncia traz possível ação de improbidade no contrato para prestação do serviço de recolhimento de lixo.
Procurado, o prefeito Kadu preferiu não se manifestar. A informação foi passada pela assessoria de imprensa da prefeitura de Montenegro.