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Conforme Orsi, a intenção do encontro foi buscar orientações sobre procedimentos básicos de atendimento e prevenção. "Nenhuma cidade quer positivar a doença, mas precisamos estar preparados para os procedimentos de checagem e encaminhamentos, tanto para nossas equipes de saúde quanto para a comunidade", disse. O Vale do Sinos é apontado como uma região vulnerável devido às relações comerciais com a China. Arita salientou que a SES está atenta a esse fator e, por conta disso, a região é uma das quatro prioritárias no Rio Grande do Sul.
Segundo o presidente da Amvars, todas as orientações da SES sobre o coronavírus serão repassadas aos 12 prefeitos que integram a associação, de modo que eles fiquem vigilantes em seus municípios. Na oportunidade, a secretária Arita reforçou a importância de localmente as coordenadorias regionais criarem comitês para tratar do tema, com ações alinhadas às diretrizes do governo do Estado e Ministério da Saúde. A titular da 1ª Coordenadoria Regional de Saúde, Ana Maria Rodrigues, que abrange a região, destacou que a equipe está preparada. "A coordenadoria está alerta, vigilante e monitorando o Vale do Sinos, pois essa é uma especificidade da nossa regional por conta do trânsito de pessoas que se deslocam para a China e da China para o Brasil", comentou.
Ainda foi apresentada a descrição hoje utilizada para a definição de casos suspeitos e o fluxo de atendimento nessas situações. O Hospital Universitário de Canoas é a casa de saúde de referência, caso haja confirmação da doença na região.
No sábado deverão chegar ao Brasil os cidadãos brasileiros que estão em Wuhan, na China. Eles serão repatriados em duas aeronaves reservas da Presidência da República e ficarão em quarentena por 18 dias, na Base Aérea de Anápolis (GO). A operação começou ontem, com a partida das equipes para a China, e terminará no sábado, com a chegada das aeronaves na unidade militar onde os repatriados ficarão internados. Wuhan é o epicentro do surto mundial do coronavírus. A lista preliminar do Ministério das Relações Exteriores inclui um total de 29 pessoas, sendo 24 brasileiros e cinco chineses, que são cônjuges ou pais dos cidadãos resgatados. No grupo estão também sete crianças. Antes do embarque, o grupo será submetido a exames médicos prévios. Quem apresentar sintomas compatíveis com o coronavírus não poderá viajar. Todos deverão assinar um termo de compromisso para se submeter à quarentena.
O Ministério da Saúde informou, no início da tarde desta quarta-feira (5), que dos 11 casos suspeitos de coronavírus investigados pelas autoridades brasileiras, cinco são no Rio Grande do Sul. O Estado é a região com mais casos suspeitos. Um bebê de seis meses, que mora na China, mas está na capital gaúcha, conforme a Secretaria Estadual da Saúde, é o novo caso em análise.
Os pais da criança procuraram atendimento para o bebê nesta terça-feira (4),em Porto Alegre. A criança apresentava febre e sintomas respiratórios leves. Por isso, foi orientado aos pais, que não apresentam os sintomas, o isolamento domiciliar. Os outros quatro casos continuam sendo investigados pela Fiocruz, no Rio de Janeiro. São eles: um de Novo Hamburgo, dois de Canoas e um de Morro Reuter.
Desde as primeiras suspeitas, 21 casos já foram descartados no Brasil. O Ministério da Saúde já fala em importar itens, como máscaras e luvas, caso o mercado interno não supra as necessidades. Os itens em questão serão comprados mesmo que não ocorra confirmação de casos de coronavírus e utilizados pelos sistema de saúde.
O Senado aprovou ontem o projeto de lei (PL 23/2020) que estabelece regras e medidas para controle, no território brasileiro, da epidemia do coronavírus. Na terça, a matéria foi aprovada na Câmara dos Deputados. O texto segue para a sanção presidencial.
São 11 casos suspeitos de infecção pelo coronavírus em quatro Estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
