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Notícias | Região Contra bandeira vermelha

Amvars ingressará com recurso para retornar à bandeira laranja

Associação dos Municípios do Vale do Sinos confirma que enviará ao Estado pedido de reconsideração da classificação de alto risco imposta à região pelo modelo de distanciamento controlado

Por João Victor Torres
Publicado em: 21.06.2020 às 15:20 Última atualização: 21.06.2020 às 20:31

Com a bandeira vermelha, se caso passar a vigorar na região de Novo Hamburgo, boa parte do comércio volta a fechar as portas Foto: Juarez Machado/GES
Representantes de nove das 13 cidades da Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos (Amvars) decidiram neste domingo (21) buscar a reversão da bandeira vermelha imposta à região de Novo Hamburgo pelo governo do Estado, a partir dos números e dados aferidos pelo modelo de distanciamento controlado. A entidade encaminhará até a manhã desta segunda-feira (22) uma série de documentos, contendo as ações e investimentos realizados pelas prefeituras até aqui para conter a pandemia de coronavírus, bem como tentar demonstrar que a estrutura de saúde disponível é maior do que aquela considerada pelo governo estadual.

Municípios de Presidente Lucena, Novo Hamburgo, Nova Hartz, Campo Bom, Sapiranga, Estância Velha, Ivoti, Araricá, Morro Reuter e Dois Irmãos deliberaram a ação coletiva dos prefeitos por meio da Amvars. “Analisando os dados que nós temos vimos que não está em conformidade com os dos nossos municípios”, pontua prefeita de Dois Irmãos e presidente da associação, Tânia Terezinha da Silva. Outra ação passa por cobrar do Piratini maior agilidade na disponibilização de leitos de unidade de terapia intensiva (UTIs) em, pelo menos, dois hospitais. “Nesse momento o que temos de forma efetiva é o Estado se comprometendo em ter mais leitos na cidade de Novo Hamburgo e Sapiranga. Campo Bom também está fazendo uma estrutura de ampliação dos leitos de UTI, porém, não são por meio de recursos estaduais, com investimento próprio.”

Tânia adverte, porém, que se eventualmente a reconsideração não for aceita pelo Piratini, os municípios do Vale do Sinos terão de acatar a determinação do Estado. “Vamos cumprir com o que está determinado, mas cumprir não quer dizer concordar. Por isso estamos solicitando a mudança de bandeira e cada município vai fazer um dossiê com a estrutura que possui para embasar essa documentação”, complementa.

Por outro lado, a presidente da Amvars faz questão de sublinhar que os prefeitos não concentram suas atenções apenas em manter as atividades econômicas em funcionamento. “Estamos preocupados com a propagação da Covid-19 na região. Os números são incontestáveis. Existe um aumento de casos, mas o que mais nos causa receio é que entrando na bandeira vermelha a projeção é que vamos permanecer por muito tempo nela e estamos lutando para que não aconteça”, sinaliza.

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Até em função disso, reforça que a sensibilização da comunidade em geral será fundamental para minimizar os efeitos da pandemia no Vale do Sinos e, assim, evitar as restrições mais severas. “Temos que tentar fiscalizar mais, mas se a população não saber da gravidade do que está acontecendo nós rapidamente não lutaremos mais contra a bandeira vermelha, chegaremos na bandeira preta”, relata com preocupação. “Vejo que falta conscientização das pessoas, as prefeituras estão fazendo a sua parte, assim como a indústria, o comércio e os prestadores de serviços, porém o maior contágio que observamos na nossa reunião são entre as reuniões entre as famílias e sociais que ainda existem”, segue.

Prefeituras de São Leopoldo, Lindolfo Collor e Santa Maria do Herval não enviaram representantes.

Amlinorte terá reunião nesta tarde

A Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) promoverá reunião remota, especialmente aqueles que pelo modelo de distanciamento controlado estão sob a região de Capão da Canoa, para verificar quais serão as ações adotadas pelas lideranças locais em relação a eventual recurso frente a bandeira vermelha aplicada pelo Estado. “A partir das 16 horas, vamos reunir os prefeitos e, após isso, teremos uma posição mais clara sobre o que faremos daqui para frente”, explica o prefeito de Imbé e presidente da Amlinorte, Pierre Emerim da Rosa.

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