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Notícias | Região Quarentena

Centro de Triagem para presos no Instituto Penal de Novo Hamburgo vai desafogar delegacias

Presos deixarão a carceragem das delegacias e deverão cumprir 14 dias de isolamento antes de seguir para o sistema prisional

Por Suélen Schaumloeffel
Publicado em: 30.07.2020 às 19:20 Última atualização: 31.07.2020 às 08:57

A ativação de um Centro de Triagem (CT) no Instituto Penal de Novo Hamburgo (IPNH), onde presos vindos das Delegacias de Polícia (DPs) da região cumprirão quarentena, poderá desafogar as carceragens das DPs, que seguidamente excedem suas lotações e acabam com presos algemados no lado externo, sob a custódia de policiais militares.

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Os presos de toda a 1ª Delegacia Penitenciária Regional (DPR), que abrange o Vale dos Sinos e Litoral, a partir do dia 1º de agosto, serão encaminhados inicialmente para o isolamento, onde ficarão por 14 dias cumprindo quarentena. Antes de serem encaminhados para as casas prisionais passarão por teste para Covid-19. Em caso de teste positivo, seguem para isolamento.

O diretor do IPNH, Diego Linhares, explica que o espaço conta com 31 vagas e fica isolado dos demais detentos que cumprem pena no local. “É um espaço já existente que foi todo readaptado. Fica em uma galeria separada, onde eles ficarão totalmente isolados, diminuindo muito os riscos de contaminação”, explica.

Segundo o juiz Fernando Noschang, da Vara de Execuções Criminais de Novo Hamburgo, os espaços serão preenchidos em blocos e esvaziados da mesma forma. Serão celas de oito vagas e somente serão preenchidas quanto houver oito presos na DP e durante os 14 dias ninguém entra nem sai. “Ontem estivemos conhecendo o CT e vimos o excelente trabalho realizado em pouquíssimo tempo e a custo baixíssimo, pois utilizada mão de obra prisional e parcerias para a sua concreção. O espaço vai ser um grande aliado na questão da retirada de presos das delegacias de polícia do Vale dos Sinos”, pontua Noschang.

A estrutura recebeu melhorias na rede elétrica e hidráulica, além de nova pintura, pelas mãos de detentos. A obra, que durou 20 dias, teve um custo total de R$ 31.400, com recursos da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe). O diretor do IPNH afirma que apesar de atender todos os municípios da região, a ocupação acaba sendo, em maioria, por presos vindos das delegacias de Novo Hamburgo e São Leopoldo, de onde é a maior demanda.

Para Gabriela Streb, coordenadora do movimento #PAZ, o espaço é uma forma de dar mais segurança também para os policiais que lidam diretamente como os presos. “As forças de segurança não pararam de trabalhar nesse período conturbado. É justamente uma resposta às necessidades das polícias que estão sofrendo diretamente com outro fator além da criminalidade, combater o crime e o vírus”, pontua.

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