Atenção! Quem comprou um celular roubado também entrou no radar da Polícia Civil

O prejuízo deixado por criminosas em uma loja de Nova Santa Rita, no final do ano passado, levou os policiais da cidade a darem início a uma investigação em torno das criminosas que participaram da ação. Com o auxílio de imagens captadas por câmeras de segurança, os agentes da DP nova-santaritense conseguiram identificar cada uma das suspeitas.

Ao aprofundar o caso, ouvindo testemunhas e estudando ocorrências, terminaram revelando um esquema responsável por crimes cometidos não só em Nova Santa Rita e Canoas, mas em toda a Região Metropolitana. "Não é de hoje que o telefone celular serve como moeda de troca para o crime", argumenta o delegado Mario Souza. "O que os agentes descobriram é que trata-se de uma quadrilha responsável por uma rede de distribuição que abastece toda a Região Metropolitana de Porto Alegre."

Por se tratar de uma "rede", não resolveria o problema levar à cadeia somente as ladras. Assim, a Polícia incluiu, como alvos na ofensiva, pessoas comuns que compraram os aparelhos sem procedência, levando até a sede da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento trabalhadores e até mesmo donas de casa, suspeitas de participar do esquema. "Agora, vamos atrás de pessoas que ficaram com os celulares também, porque elas ajudam a fomentar o comércio ilegal que existe", explicou.

O próprio nome da operação foi escolhido especialmente pensando nos receptadores, de acordo com o delegado. "Quem obteve estes aparelhos celulares ilicitamente irá ficar sem os telefones e portanto sem sinal."