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Quem já transitou durante a noite pela RS-239, em Novo Hamburgo, com certeza já se deparou com este problema: a escuridão. A situação não traz à tona apenas os perigos da rodovia que corta 12 cidades, mas, também, a deficiência da iluminação pública e a insuficiência de uma trafegabilidade segura para os motoristas, pedestres e ciclistas. Mas esta situação está com os dias contados no trecho hamburguense. Desde segunda-feira (10), a Prefeitura de Novo Hamburgo realiza obras de revitalização na iluminação próximo ao limite com Estância Velha.
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Os serviços, feitos com recursos próprios, estendem-se ao longo dos quilômetros 13 e 15 da RS-239, até as proximidades da Universidade Feevale. Junto da manutenção também é feita a revisão da estrutura, com a reconstrução das redes elétricas, troca e recolocação dos postes. O serviço também contará com a substituição das lâmpadas de vapor de sódio existentes por luminárias de LED de 150 watts.
"Identificamos a necessidade de manutenção no trecho da rodovia para melhorar a visibilidade e a segurança no local, com o acréscimo da colocação das lâmpadas de LED, que são mais eficientes e mais duradouras", explica o gerente de Iluminação, Elvis Marcelo Correa Francisco.
A Prefeitura de Novo Hamburgo estima que, pela complexidade dos serviços, a manutenção deve se estender pelos próximos meses e está sendo executada dentro de um contrato da Prefeitura com uma prestadora de serviços. O trânsito no local dos serviços está sendo sinalizado.
A prefeita de Novo Hamburgo, Fatima Daudt, explica que o trecho é um dos mais movimentados. "Em razão do Câmpus 2 da Universidade Feevale e do acesso à Rua Bento Gonçlalves tem muito movimento neste trecho e isso nos preocupa. Além disso, estamos agindo com muita responsabilidade ao aproveitar uma estrutura pré-existente de cabeamento e postes na rodovia”, explica Fátima. A iluminação que está sendo instalada é acionada por fotocélula.
Segundo a Prefeitura, o contrato com a empresa Vitoria Luz Construções LTDA, vencedora da licitação, prevê o fornecimento de material e mão de obra. O contrato é de até R$ 390 mil mensais por serviços em toda a cidade (não apenas na RS-239). Mas de acordo com a prefeita, a troca de lâmpadas não deve se restringir apenas à rodovia estadual. Fátima acrescenta que a iluminação da BR-116 também será revista em breve, com a substituição de lâmpadas queimadas.
"A nova modalidade de contrato que adotamos, que também prevê fornecimento de material pela empresa, agiliza todo o trabalho", avalia Fatima. O Núcleo de Comunicação do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) respondeu à reportagem que "a iluminação pública de rodovias federais é de responsabilidade dos respectivos municípios por elas interceptadas".
Na mesma rodovia, porém no trecho de Sapiranga, até 2019, a escuridão tomava conta das pistas e canteiros, o que contribuía para um número ainda mais elevado de acidentes. Foi quando Corinha Molling, então prefeita, decidiu que o município assumiria a obra.
"Em nome dos sapiranguenses e dos motoristas, pensei que teria de tomar uma atitude, pois a situação era inaceitável. Isso era uma questão de segurança para todos os usuários. Buscamos o orçamento de quanto ficaria a obra ao longo do trecho de Sapiranga e constatamos que ficaria em torno de R$ 1,5 milhão", explica a ex-prefeita.
Para iniciar o serviço, foi necessário se readaptar a algumas exigências da EGR, que vetava a execução do serviço. "Não recebemos o aval da empresa e, a partir disso, a saída que encontramos foi fazer o trabalho de instalação da nova iluminação pelas laterais (perímetro urbano). O dinheiro é retirado de um fundo de iluminação pública", finaliza.
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