Os dois primeiros meses do ano foram de queda nos principais índices de criminalidade em Novo Hamburgo. Os homicídios, roubos, roubos de veículo, furtos e furtos de veículo nos meses de janeiro e fevereiro tiveram redução entre 10% e 60% em relação ao mesmo período do ano passado. Aliás, o bimestre teve o melhor desempenho dos últimos cinco anos avaliados.
A redução foi maior que a registrada no Estado, que teve diminuição de 43,8% nos dois primeiros meses.
Os furtos de veículos chegou ao menor índice do período, com 57 registros, 22 a menos que em 2020.
Os demais roubos, que incluem a estabelecimentos, a pedestre e outros, também alcançaram o melhor índice dos últimos anos. Em comparação ao ano passado a diminuição foi de 103 registros, representando redução de 36,14%. Os furtos registraram queda de 10,62%, com 48 casos a menos.
O período teve a redução de um homicídio entre os dois anos. O total de quatro assassinato sem janeiro e fevereiro é um dos menores índices para o primeiro bimestre dos últimos anos. Entre 2017 e 2021 a porcentagem de diminuição chega a quase 78%.
Além do policiamento ostensivo, ações preventivas e de inteligência da Brigada Militar (BM), integração com as demais forças policiais e investimento em tecnologia são pontos decisivos para a melhora expressiva dos números.
Somente em fevereiro, a BM em Novo Hamburgo abordou 1.099 veículos, uma média de quase 40 por dia e identificou 1.943 pessoas. Ao longo do mês, 143 pessoas foram presas e foram apreendidos 76 quilos de drogas, 11 armas de fogo e 58 mil reais em dinheiro.
Indicadores criminais de Novo Hamburgo registrados pela Secretaria de Segurança Pública nos meses de janeiro e fevereiro dos últimos cinco anos.
Os dados da SSP em relação aos feminicídio consumados e tentados em Novo Hamburgo permanecem estáveis. Segundo o levantamento, desde 2018 (ano em que os dados por mês são disponibilizados) não há registro de feminicídios nos meses de janeiro e fevereiro. As tentativas de feminicídio neste ano chegaram a dias ocorrências. No ano passado foi contabilizada uma. Em 2019 não houve registro nesses dois meses e em 2018 duas tentativas.
Apesar do registro de casos graves no período de dois meses não tido grande diferença, o número de inquéritos instaurados cresceu significativamente segundo a delegada Raquel Peixoto, titular da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Novo Hamburgo. Se no período de dois meses em 2020 foram 261 inquéritos, neste ano já foram 417. "Temos recebido um grande volume de denúncias feitas pelos canais oficiais e muitas mulheres têm vindo até a delegacia registrar ocorrências. Até mesmo vítimas de outras cidades vêm até nós", conta, destacando ainda que o aumento na procura é avaliado como resultado do encorajamento dessas mulheres a procurarem por justiça. "Sabemos a violência contra a mulher tem muita subnotificação. Isso mostra um movimento delas atrás de proteção."
Quer receber notícias como esta e muitas outras diretamente em seu e-mail? Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.