A redução de R$ 0,14 por litro no valor da gasolina nas refinarias, anunciada pela Petrobras na última semana, já chegou às bombas em Novo Hamburgo. A medida entrou em vigor no sábado e representa uma queda de 4,95%. O preço médio do combustível ficou em R$ 2,69 por litro. O diesel, por sua vez, foi mantido estável nos pontos de venda da empresa, responsável por quase 100% da capacidade de produção de combustíveis do Brasil.
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Levantamento da reportagem, que circulou por sete postos de combustíveis em diferentes regiões da cidade, aponta que, de sexta-feira para esta terça-feira, a redução chegou até R$ 0,50.
Em um posto no bairro Pátria Nova, o litro da gasolina caiu de R$ 5,79 para R$ 5,29 — redução de 50 centavos. Este foi o preço mais baixo localizado pela pesquisa. O mesmo registrado em estabelecimentos dos bairros Liberdade, Centro e Industrial.
A redução foi comemorada pelo presidente do Sindicato dos Motociclistas Profissionais do Rio Grande do Sul (Sindimoto/RS), Valter Ferreira. De acordo com Ferreira, trabalhar como motoboy em Novo Hamburgo tem sido uma tarefa muito árdua. Com os sucessivos aumentos no preço da gasolina e a queda na demanda devido à alta concorrência dos novos motociclistas, os trabalhadores estão registrando quedas entre 60% nos rendimentos, segundo ele.
"Nestes 5 aumentos, nós não tivemos condições de repassar para os contratantes. Não existe essa possibilidade neste momento que estamos vivendo", afirma Ferreira, que completa: "Hoje nós temos que trabalhar o dobro para buscar parte daquilo que nos ganhávamos antes da pandemia, então qualquer redução de custos é bem-vinda."
Esta é a primeira redução anunciada em 2021. Desde janeiro, o preço da gasolina já havia sofrido seis aumentos. Com o novo anúncio, o combustível passa a acumular alta de R$ 46,2% desde o início do ano. Já o diesel subiu 41,6%.
O movimento veio após o petróleo tipo Brent ter fechado com queda de 7% no dia 19. Desde 8 de março, o valor de referência já caiu mais de 11%, diante de temores com o aumento no número de casos de Covid-19 na Europa.
O impacto do reajuste nas refinarias, de acordo com a Petrobras, não repercutiria de forma imediata no custo da gasolina nos postos de combustível. De acordo com nota divulgada pela estatal, as variações para mais ou para menos estão associadas ao mercado internacional e à taxa de câmbio e têm influência limitada sobre o valor repassado aos consumidores finais.
"Como a legislação brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, até chegar ao consumidor são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de etanol anidro, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores", diz a nota.
Para o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'Aqua, o atual panorama econômico pode ser mais complicado no futuro. "A revenda de combustíveis tem como característica margens baixas e alto giro de produto, o que faz com que seja duramente afetada pelo cenário atual", analisa.
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