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Notícias | Região Serra gaúcha

'Esperava mais apoio', diz advogado que vai protocolar pedido de impeachment de Leite

Objetivo era seguir em comboio para Porto Alegre, porém, movimento teve baixa adesão do setor empresarial e turístico

Por Letícia de Lima
Publicado em: 29.03.2021 às 10:50 Última atualização: 29.03.2021 às 12:08

Empresário Ivandro e advogado Victor em frente à Prefeitura de Canela Foto: Letícia de Lima/GES-ESPECIAL
O comboio que sairia de Canela e Gramado na manhã desta segunda-feira (29) teve baixa adesão do setor empresarial e turístico. A iniciativa, organizada por grupos de WhatsApp, visava a reunir manifestantes que se deslocariam até Porto Alegre para protocolar o pedido de impeachment do governador Eduardo Leite. No entanto, por volta das 10 horas, apenas o advogado Victor Berti Spier, que irá formalizar o pedido, e o empresário Ivandro Pereira, estavam em frente à Prefeitura de Canela.

"Esperava mais apoio, são 1,1 mil membros no grupo Unidos pela Serra (no WhatsApp). A gente precisa se unir e fazer pressão para não ser só mais um pedido de impeachment", ressaltou Spier. Para ele, a exigência do Governo do Estado de não permitir o funcionamento de estabelecimentos comerciais e turísticos à noite e aos finais de semana é inconstitucional e impede o direito das pessoas ao trabalho. "Nosso ramo é o turismo, e essas medidas vão acabar com nossa economia", argumenta o advogado de Canela.

Mesmo com baixa adesão ao movimento em Gramado e Canela, Victor se reunirá em Porto Alegre com a advogada Maria Eduarda Trevisan, de Novo Hamburgo, e à tarde irá protocolar o pedido na Assembleia Legislativa. A expectativa é de que, mesmo que a solicitação não seja acatada, o governador se sinta pressionado e adote um modelo de Distanciamento Controlado com regras mais brandas. "Que sejam impostas restrições, mas não o fechamento", defende o canelense.

Estado diz que medidas não são ilegais

Ao Jornal de Gramado, o Governo do Estado ressalta que não foi implementada nenhuma medida ilegal durante a pandemia. "As ações para preservar vidas e conscientizar sobre a necessidade de distanciamento social, inclusive, têm o apoio de órgãos reguladores do Estado e são adotadas nacional e internacionalmente", informa em nota, a assessoria de imprensa do Piratini.

Ainda segundo o posicionamento do Estado, todas as medidas tomadas pelo governador tem base científica. "São avaliadas conforme o grau de risco para o coronavírus, que nesse momento segue altíssimo em todo o RS, com ocupação total das UTIs (mesmo com um aumento de mais de 130% dos leitos em um ano). Além de estoque reduzido de medicamentos, problema verificado em todo o país, o que faz com que o Estado ainda tenha de limitar as flexibilizações neste momento", pontua a nota.


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