O comboio que sairia de Canela e Gramado na manhã desta segunda-feira (29) teve baixa adesão do setor empresarial e turístico. A iniciativa, organizada por grupos de WhatsApp, visava a reunir manifestantes que se deslocariam até Porto Alegre para protocolar o pedido de impeachment do governador Eduardo Leite. No entanto, por volta das 10 horas, apenas o advogado Victor Berti Spier, que irá formalizar o pedido, e o empresário Ivandro Pereira, estavam em frente à Prefeitura de Canela.
"Esperava mais apoio, são 1,1 mil membros no grupo Unidos pela Serra (no WhatsApp). A gente precisa se unir e fazer pressão para não ser só mais um pedido de impeachment", ressaltou Spier. Para ele, a exigência do Governo do Estado de não permitir o funcionamento de estabelecimentos comerciais e turísticos à noite e aos finais de semana é inconstitucional e impede o direito das pessoas ao trabalho. "Nosso ramo é o turismo, e essas medidas vão acabar com nossa economia", argumenta o advogado de Canela.
Ao Jornal de Gramado, o Governo do Estado ressalta que não foi implementada nenhuma medida ilegal durante a pandemia. "As ações para preservar vidas e conscientizar sobre a necessidade de distanciamento social, inclusive, têm o apoio de órgãos reguladores do Estado e são adotadas nacional e internacionalmente", informa em nota, a assessoria de imprensa do Piratini.
Ainda segundo o posicionamento do Estado, todas as medidas tomadas pelo governador tem base científica. "São avaliadas conforme o grau de risco para o coronavírus, que nesse momento segue altíssimo em todo o RS, com ocupação total das UTIs (mesmo com um aumento de mais de 130% dos leitos em um ano). Além de estoque reduzido de medicamentos, problema verificado em todo o país, o que faz com que o Estado ainda tenha de limitar as flexibilizações neste momento", pontua a nota.
Receba notícias diretamente em seu e-mail! Clique aqui e inscreva-se gratuitamente na nossa newsletter.