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Amália conta que sua família saiu do interior em busca de trabalho e melhores condições de vida. "A gente trabalhava na roça. Cheguei aqui e não sabia fazer nada, mas comecei em uma fábrica de calçados e logo aprendi todos os processos. Fui costureira, preparadeira. Trabalhei a vida toda com calçado e aprendi muito com o famoso Ruy Chaves, que foi o primeiro estilista de calçados de Novo Hamburgo", lembra.
Ela recorda com carinho dos locais que frequentava na juventude, como o antigo Café Paulo, na Avenida Pedro Adams Filho. "O melhor pastel que eu comi na vida foi nesse lugar. Eu adorava dançar, ir aos bailes da cidade. Sempre gostei de um chope. Até hoje eu gosto. E de um bom vinho também", conta a idosa, entre risos.
Torcedora fiel do Grêmio, Amália diz que não vê a hora de poder ir à Arena novamente. "Eu adoro futebol. Ia sempre ao estádio antes de começar essa pandemia. Também adoro viajar. Gostava muito de ler e fazer crochê, mas hoje os meus olhos não ajudam mais."
Dona Amália tem duas filhas, um filho e cinco netos. "A minha irmã Anna, a mais nova, que tem 92 anos, mora em Novo Hamburgo. Então estou feliz porque agora estamos perto de novo."
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