A Polícia Civil (PC) de Dois Irmãos deve finalizar em 10 dias o inquérito que investiga a mineração clandestina de criptomoeadas descoberta em Morro Reuter no início do mês. De acordo com o delegado Felipe Borba, responsável pela investigação, falta apenas descobrir quem fez as ligações elétricas ilegais no local onde foram encontradas cerca de 106 máquinas de mineração avaliadas em R$ 9 mil.
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“A investigação não encerrou porque estamos tentando antes do fim do prazo averiguar se há envolvimento de algum funcionário da RGE”, esclarece Borba, embora garanta que não há qualquer pista ou evidência que confirme a participação de algum funcionário da concessionária no esquema.
Três pessoas foram ouvidas pela Polícia sobre o crime e os suspeitos, que foram presos em flagrante no dia da operação, já estão em liberdade. Borba diz que o foco agora é “avaliar os benefícios que esse sujeito angariou através dessa conduta (roubo de energia), para que além de ressarcir a empresa pelos danos, que também seja responsabilizado pelos ganhos de maneira ilícita.”
Na propriedade onde a mineradora de criptomoedas foi instalada, no interior de Morro Reuter, passa um poste de alta tensão. Segundo Borba, foi feita uma ligação até um gerador, que estava protegido de forma a ficar escondido, e assim a energia elétrica era fornecida para a mineradora.