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Notícias | Região LITORAL NORTE

Frente Parlamentar vai apoiar construção do Porto Meridional de Arroio do Sal

Políticos ressaltaram que, atualmente, 700 containers por mês são enviados do Rio Grande do Sul para portos catarinenses e que este movimento favorece a saída de empresas do Estado

Por Débora Ertel
Publicado em: 06.04.2022 às 16:40 Última atualização: 06.04.2022 às 16:42

Os benefícios da construção do Porto Meridional, também conhecido como Porto Marítimo de Arroio do Sal, para a logística e escoamento da produção do Rio Grande do Sul foram tema de audiência pública na Assembleia Legislativa. O encontro foi promovido pelo deputado estadual Issur Koch (PP), na Comissão do Mercosul e teve a participação por videoconferência do senador Luís Carlos Heinze (PP). 

Quem apresentou o projeto, que já conta com o termo de referência definitivo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), foi o empresário João Acácio Gomes de Oliveira. Ele é o proprietário da DTA Engenharia Portuária e Ambiental, empresa escolhida por um grupo de investidores para executar o projeto de R$ 6 bilhões no litoral norte.

Ficou acertado que a partir de agora, a Frente Parlamentar em apoio ao Projeto do Porto Meridional no Parlamento Gaúcho, instalada por Issur durante a atividade, produzirá um manifesto em conjunto com entidades e prefeituras do Litoral a favor da construção do Porto Meridional. A Frente também vai acompanhar próximos passos do projeto na esfera federal, além de preparar documento para colher apoio dos pré-candidatos ao governo do Estado à obra.

De acordo com Oliveira, o Brasil vive um apagão portuário há 50 anos, apesar de o transporte marítimo custar um quinto do transporte rodoviário. No território gaúcho, como apontou Oliveira, a situação é ainda pior, pois o Estado conta com a maior superfície de água do País, embora não explore este potencial. “Isso faz com que a logística responda por 22% no custo das empresas, quando o ideal seria que esta despesa representasse de 3% a 5% para o setor produtivo”, salientou.

Como a maior parte da produção industrial e agrícola gaúcha fica concentrada na região norte e a maioria das cargas é despachada para Santa Catarina, o novo empreendimento não competirá com o Porto de Rio Grande. “Não queremos fomentar esta disputa entre os portos, pelo contrário; nosso objetivo desde o início foi mostrar que o Porto de Arroio do Sal será uma alternativa para as cargas”, disse Issur.
Atualmente, 15 milhões de cargas do Estado saem para portos de Santa Catarina, Paraná e Santos (SP).

O gerente da Multi Armazéns do Porto Seco de Novo Hamburgo e presidente da Câmara de Vereadores em Dois Irmãos, Ramon Arnold, participou da audiência. De acordo com ele, os gaúchos enviam 700 containers por mês para portos catarinenses. “Mais do que cargas, enviamos empresas, que deixam o Rio Grande do Sul para buscar no estado vizinho maior competitividade em um mercado cada dia mais desafiador”, enfatizou.

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