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Notícias | Região MOBILIZAÇÃO PELO CÂMPUS

Uergs corre risco de fechar unidade de Montenegro

Comunidade se mobiliza para destacar a importância do câmpus do Vale do Caí; grupo já participou de uma audiência pública e tenta criar comissão

Por Débora Ertel
Publicado em: 05.07.2022 às 05:00 Última atualização: 05.07.2022 às 11:40

A possibilidade do fechamento do câmpus da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs) de Montenegro está mobilizando a comunidade local. Na semana passada, foi realizada mais uma audiência pública para tratar da importância da instituição no desenvolvimento regional. O encontro, realizado na Câmara de Vereadores, contou com a participação da deputada estadual Juliana Brizola, representantes dos estudantes, da Fundação Municipal de Artes (Fundarte) e da prefeitura. No entanto, o governo do Estado não participou.

Universidade pública está instalada junto da sede da Fundarte desde o ano de 2002
Universidade pública está instalada junto da sede da Fundarte desde o ano de 2002 Foto: Uergs/Divulgação
Segundo a diretora da Fundarte, Júlia Hummes, a reitoria da Ugers não se manifesta oficialmente sobre o assunto. O Jornal NH tentou contato com a universidade via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno. Conforme a assessoria, na segunda-feira (4) o câmpus de Montenegro seria pauta de uma reunião.

A universidade está instalada junto à Fundarte desde 2002 e partilha de várias instalações com a fundação. No câmpus são ofertados os cursos de graduação e pós-graduação que atendem alunos dos Vales do Caí, Paranhana, Sinos e Taquari e Região Metropolitana. Hoje, ativos, estima-se que existam entre 300 e 400 alunos.

De acordo com o vice-presidente do Diretório Acadêmico Regional das Artes da Uergs (Dara), Tiago Martinelli, os professores organizaram um documento, que já teria sido enviado para a reitoria, com uma análise da situação do funcionamento da unidade montenegrina. Entre os pontos listados está a dificuldade com transporte público, principalmente à noite.

Diretório mobilizado

Como a universidade tem uma sede própria em Porto Alegre, Martinelli comenta que a intenção da reitoria seria transferir o câmpus para a capital. "Mas nós defendemos o desenvolvimento regional. A Uergs justamente foi criada, com 24 polos, para descentralizar a formação. Além do mais, Porto Alegre já tem uma escola federal de artes", argumenta o representante dos estudantes.

Segundo ele, o Dara defende que haja uma articulação do poder público para auxiliar nas questões voltadas à alimentação dos acadêmicos, com parceria de restaurantes, e também intermediação junto às imobiliárias para facilitar o aluguel de quem é de fora da cidade.

Na audiência, ficou acertado que uma comissão representativa contra o fechamento da Uergs será formada.

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