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Notícias | Região FEMINICÍDIO

Homem que matou ex em salão de beleza tem histórico violento

Ele está hospitalizado após ter sido atropelado por um caminhão no último domingo (25); com prisão preventiva decretada pela Justiça está sob custódia da Brigada Militar

Por Matheus Chaparini
Publicado em: 25.07.2022 às 22:04 Última atualização: 25.07.2022 às 22:05

O representante comercial Gilmar Vasen, de 47 anos, permanece internado no Hospital Municipal de Novo Hamburgo após ter sido atropelado por um caminhão na BR-116, em Novo Hamburgo, no domingo (24). Antes disso, no sábado (23), ele matou a ex-companheira, Maria Josiane Barcelos Vasen, de 43 anos, com golpes de faca em um salão de beleza no bairro 15 de novembro, em Igrejinha no Vale do Paranhana. 

Maria Josiane foi morta a facadas na manhã de sábado (23)
Maria Josiane foi morta a facadas na manhã de sábado (23) Foto: Reprodução
De acordo com pessoas próximas à família, ele havia sido intimado pela Justiça a comparecer ao Foro para assinar o divórcio, o que teria feito na véspera do crime. No entanto, estavam separados a cerca de quatro meses. Foram casados por 26 anos e tinham um filho de 19 anos e uma filha de 17 anos. 

O homem é descrito como uma pessoa violenta, temperamental e difícil de lidar. Ele tem uma série de ocorrências na polícia. Na mais recente delas, em 2021, teria ameaçado um homem com uma faca, durante uma discussão, em Estância Velha.

Entre as outras ocorrências, há um episódio de perturbação da tranquilidade, em 2017, e outro de difamação, em 2001. De acordo com a Polícia Civil, o único registro de violência no casal foi em 1997, por lesão corporal. Na ocasião, a vítima teria relatado que aquele não era o primeiro episódio.

Feminicídio duplamente qualificado 

Mesmo hospitalizado Gilmar está sob custódia da Brigada Militar em prisão preventiva. O inquérito deve ser concluído ainda esta semana e a tendência é de que o homem seja indiciado pelo crime de feminicídio com dois qualificantes, em função de o crime ter sido cometido à traição e por motivo fútil.

“A investigação está bastante avançada. Temos testemunhas presenciais que confirmam a autoria e o indivíduo está preso”, afirma o delegado Ivanir Caliari, titular da delegacia de Igrejinha.

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito estaciona o veículo em uma rua do município de Três Coroas e entra em casa. De acordo com o delegado, ele não conhecia as pessoas que moram na residência, que teria sido escolhida de forma aleatória. “Ele estava transtornado”, afirma Caliari.

A polícia ainda busca esclarecer onde ele esteve durante o período entre o crime, na manhã de sábado, e o atropelamento, na tarde do domingo. Uma das suspeitas é de que tenha procurado um irmão, que mora em Novo Hamburgo.

“Era um homem violento há um bom tempo. Na ocorrência de 1997, a vítima já relatava que não era a primeira vez em que era agredida. O fato de não ter buscado a Justiça, segunda a família, não significa que não sofresse violência ou coação”, diz o delegado.

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