Advogado é suspeito de participar de golpes com prejuízo de R$ 3 milhões a empresas gaúchas
Grupo de estelionatários enganava empresários com falsos contratos de compensação de débitos tributários
Um advogado natural de Canoas e outras quatro pessoas são suspeitas de participar de golpe contra duas empresas do Rio Grande do Sul. O grupo foi alvo de operação da Polícia Civil na manhã desta quarta-feira (31).
A investigação aponta que estelionatários enganavam empresários com falsos contratos de compensação de débitos tributários. O prejuízo estimado às duas vítimas é de R$ 3 milhões.
O crime contra as empresas, uma de soluções ambientais de Tramandaí e uma de refrigeração de Viamão, aconteceram em 2018. Contudo, a suspeita é de que existam outras vítimas.
Cavalo é flagrado sendo transportado dentro de Kombi em São Leopoldo
Ministério Público denuncia professor por importunação sexual e estupro em Alvorada
Furto de carro da Polícia Civil e tiro em moto de brigadiano são investigados
Os outros quatro investigados são: um gaúcho (advogado natural de Porto Alegre), três paulistas (advogado natural de SP, contador natural de SP e administrador natural de SP).
Operação Junk Bonds
Na manhã de hoje, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão (nove em SP, um em SC e um no RS), bloqueio de contas vinculadas a 35 CNPJs e CPFs, restrição a cinco veículos.
A operação contou com o apoio de efetivo do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) de São Paulo.
Ninguém foi preso.
Como o golpe funcionava
Segundo a investigação, os supostos créditos da dívida pública eram ofertados com deságio de 35%. As vítimas eram atraídas por dois intermediários (o administrador e um advogado), que ofereciam compensação tributária por meio de créditos pertences à empresa dos golpistas, os quais estariam alocados no Ministério da Fazenda.
O suposto crédito, descobriu-se na apuração, era referente a um título da dívida pública prescrito e a operação era totalmente ilegal.
"Os golpistas firmavam contratos com as vítimas para dar credibilidade à operação fraudulenta prometendo a suposta transferência dos créditos e enviavam documentos de protocolos junto à Secretaria do Tesouro Nacional parecendo que a compensação estava sendo efetivada. Com procuração das vítimas, a empresa golpista também zerava a base de cálculo dos tributos devidos na Receita Federal também para parecer que a compensação de fato estava sendo efetivada", descreve o delegado Gustavo Amaral, da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) de Viamão.
Suspeita de mais vítimas
A Polícia Civil suspeita que outras 30 empresas também foram vítimas do golpe já que a empresa dos estelionatários deu entrada em outros 30 procedimentos similares na secretaria do Tesouro Nacional. As empesas "ainda não foram identificadas e não sabemos os seus estados de origem."