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Notícias | Região CRIME ORGANIZADO

'Bulldog', o líder das extorsões a empresários, é preso em Campo Bom

Operação na manhã desta terça-feira (13) capturou outros dois da quadrilha em Sapiranga

Por Silvio Milani
Publicado em: 13.12.2022 às 21:39 Última atualização: 13.12.2022 às 21:42

Acusado de liderar esquema de extorsão a empresários no Vale do Sinos, o criminoso conhecido como “Bulldog”, de 47 anos, foi preso na manhã desta terça-feira (13) em casa, no bairro Imigrante Norte, em Campo Bom. Ele coordenava a cobrança de valores à vista ou mensalidades para não sequestrar ou matar. Dois comparsas foram capturados em Sapiranga. Houve ainda cumprimento de mandados de busca em Novo Hamburgo e São Leopoldo.

Mandados foram cumpridos em quatro cidades da região na manhã de terça-feira (13)
Mandados foram cumpridos em quatro cidades da região na manhã de terça-feira (13) Foto: Polícia Civil

Segundo o titular da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco) de São Leopoldo, Ayrton Figueiredo Martins Júnior, as vítimas preferidas da quadrilha são empresários e profissionais bem-sucedidos da indústria calçadista, restaurantes e bares. O setor de compra e venda de veículos é outro alvo. Empreendedores do ramo chegaram a denunciar depredações de lojas e automóveis na região, a pedras e tiros.

Antecedentes

O líder, conforme o delegado, tem antecedentes criminais por homicídio qualificado, extorsão com emprego de armas de fogo e já havia sido preso pela Polícia Federal por envolvimento em tentativa frustrada de roubo a uma agência bancária no ano passado. O comparsa capturado em Sapiranga seria o encarregado de fazer cobranças. O terceiro envolvido preso na terça-feira, segundo Ayrton, foi flagrado com maconha, balança de precisão e anotações do tráfico.

Quadrilha usa fotos de familiares para intimidar

Para aterrorizar as vítimas, a quadrilha enviava fotos de parentes, principalmente filhos e esposas. Tinham que pagar valores que giravam em torno de R$ 6 mil à vista ou parcelas de 500 a mil reais para que nenhum mal acontecesse à família. De acordo com o delegado, há 30 casos registrados desde o ano passado. Ele acredita que a quantidade de vítimas seja consideravelmente maior, pois a maioria não procura a Polícia por medo de represália dos bandidos.

"Temos recebido diversos informes a respeito de um grupo que se caracteriza por ir pessoalmente até estabelecimentos comerciais munido com informações pessoais de potenciais vítimas, muito baseado em informações de redes sociais, porém, com fotografias de vítimas e familiares em atividades cotidianas", comenta o delegado.

Um caso acabou em morte de suspeito

De acordo com o delegado, em um caso houve reação das vítimas e um dos suspeitos acabou morto a tiros em uma loja de motos de Araricá no último dia 27 de outubro. Ele foi identificado como Lucio Jonei Bolico, de 42 anos. Um comparsa ficou ferido no momento da tentativa de extorsão.

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