Procura por uniformes escolares se intensifica e gera emprego com volta às aulas
Alta demanda traz impacto positivo. Locais recebem grande fluxo de pais e responsáveis de estudantes neste período do ano
Com o retorno do ano letivo, o fluxo no comércio se intensifica nos primeiros meses do ano, e não é somente as papelarias que são os destinos mais procurados pelos pais e responsáveis dos alunos da rede pública e privada. As malharias e confecções de uniformes escolares também são parada obrigatória e de grande movimento com a volta às aulas.Mesmo não sendo obrigatório o uso do uniforme em algumas escolas, muitos optam pelos trajes pela praticidade e segurança, gerando impactos econômicos positivos para o setor.
Em uma empresa no centro de Novo Hamburgo, as vendas aumentaram 80% em comparação a outros períodos do ano. De acordo com Luciane da Silva, uma das proprietárias do negócio, as vendas começam em dezembro do ano anterior e se intensificam até julho, com o inverno. “Quando passa as férias de inverno, a gente já começa a se preparar para o ano seguinte”, diz.
Com produtos a pronta entrega, o estabelecimento existe há 11 anos e, atualmente, trabalha com quatro escolas do Município. O movimento é tanto que, além do atendimento presencial no espaço, ela e a irmã, também responsável pela malharia, Guiomar Pinheiro, chegam a atender mais de 30 pessoas diariamente por telefone.
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A empresa surgiu como uma maneira da família se reinventar. Os parentes possuíam comércio de confecção de roupas há cerca de 30 anos e buscaram outra alternativa com a abertura de grandes empresas do ramo de vestuário.
Luciane conta que o empreendimento, além de gerar emprego formal para as três, impacta também em outros setores, já que os bordados, a costura e as serigrafias são terceirizados. “Os pais que têm os filhos na escola há um tempo, normalmente deixam para renovar os uniformes mais para o fim das férias. Quem se antecipa mesmo são os pais em que os filhos estão entrando pela primeira vez na escola”, relata Guiomar.Geração de emprego
Para o economista José Antônio Ribeiro de Moura, que também é professor da Universidade Feevale, essa é uma cadeia produtiva importante para a economia. “O setor acaba chegando nas pessoas que são de certa forma informais. Se tem uma renda não contabilizada, porque vai receber informalmente, mas vai gastar no comércio local e fazendo a economia girar”, explica.
Mesmo com a alta procura nesta época, Fabiane diz que o movimento não baixou desde 2022. Por conta do período pandêmico e das aulas remotas, muitos pais não renovaram o estoque de uniformes, e com o retorno das aulas presenciais, se viram obrigados a adquirir novas peças. “A gente tenta manter um estoque bom para as vendas não demorarem muito, mas mesmo assim ainda é bem complicado”, relata ela, que além de atender no estabelecimento, se desloca até as escolas com os uniformes para trazer praticidades aos pais.