Ameaças contra alunos mobilizam direção e polícia em escola de São Leopoldo

Ameaças feitas por meio de um perfil no Instagram a alunos do Colégio Sinodal de São Leopoldo mobilizaram a direção da escola e a Polícia nesta terça-feira (28). As intimidações, que envolviam fotos de familiares dos estudantes, teriam começado em janeiro. Com medo, muitos alunos não foram à escola hoje.

Em comunicado enviado aos pais, a direção da escola explicou ter acionado o serviço de segurança interno e também autoridades policiais para tratarem do caso. "Pedimos aos pais serenidade e prudência", diz o texto.  

De acordo com o diretor do Sinodal, Ivan Renner, as ameaças teriam partido de um perfil falso e seriam direcionadas a estudantes dos anos finais. "Estamos avaliando a situação. Em janeiro, durante as férias, eclodiram essas manifestações. Quando ficamos sabendo, começamos a monitorar. Só que não achávamos que a coisa chegaria a este ponto. Parecia uma brincadeira inadequada. Hoje percebemos que não era."

"Entramos em contato com a Polícia Civil e tivemos o apoio do delegado regional Eduardo Hartz. Todas as provas aparentes que tínhamos foram entregues para a Polícia", destaca Renner.

Segundo publicação nas redes sociais feita pelo diretor da instituição particular de ensino, o suspeito teria dito que, às 10h45, algo aconteceria na escola. "Nos organizamos totalmente. A polícia teve representação aqui dentro, toda a segurança da escola assumiu pontos estratégicos e tudo correu normalmente. Alguns pais começaram a ficar assustados. Confirmamos aula normal, mas, por conta das manifestações, os pais passaram a vir buscar os filhos. Outros permaneceram na escola, assim como professores e funcionários. Tudo agora será investigado pela Polícia Civil", pontua o diretor. 

Comandante do 25º Batalhão de Polícia Militar (25º BPM), o tenente-coronel Alexsandro do Nascimento Goi garante que a Brigada Militar (BM) está presente na escola, realizando o policiamento preventivo no local e fazendo trabalho de inteligência. Segundo a titular da 1ª Delegacia de Polícia, a delegada Cibelle Savi, que investiga o caso, a direção da escola já foi ouvida e novas diligências serão feitas nesta tarde. "Devemos analisar as imagens do entorno nas próximas horas", adianta.