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Notícias | Região RODOVIAS

Concessionária aceita avaliar sugestão de novo lugar para pedágio na RS-122

Moradores e prefeito de São Sebastião do Caí não querem a praça no quilômetro 4,6

Publicado em: 30.03.2023 às 17:26

A esperança de mudar o local da futura praça de pedágio do quilômetro 4,6 da RS-122, em São Sebastião do Caí, permanece em pé. É isso que garante o prefeito caiense, Júlio César Campani, depois de uma reunião realizada com a diretoria da Concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG) e os moradores do bairro Areião. Por conta de uma recepção negativa da população perante a tentativa da CSG de negociar as áreas necessárias para o pedágio, a empresa aceitou que a prefeitura apresente alternativas.

Local inicialmente previsto para a nova praça fica no quilômetro 4,6 da RS-122
Local inicialmente previsto para a nova praça fica no quilômetro 4,6 da RS-122 Foto: Arquivo/GES
Desde que o governo do Estado anunciou o pacote de concessão, Campani (foto) tem reclamado da localização do pedágio, afirmando que o local dividiria a cidade ao meio. Inclusive, moradores chegaram a fechar a rodovia para protestar.

"A concessionária abriu uma porta para diálogo no sentido de buscar outro ponto. Eu já tinha apresentado quatro alternativas ao governo do Estado", diz.


O prazo para que a CSG construa a nova praça é dezembro de 2024 e, até o momento, nenhum decreto de desapropriação foi emitido. O valor da tarifa será de R$ 9,95, cobrado na ida e na volta. A concessionária assumiu em 1º de fevereiro a RS-122, RS-240, RS-287, RS-446, RS-453 e a BR-470, abrangendo na região os municípios de Bom Princípio, Capela de Santana, Montenegro, Portão, São Leopoldo, São Sebastião do Caí e São Vendelino, além de Triunfo.

Segundo o diretor-executivo da CSG, Paulo Roberto Negreiros Sobrinho, a concessionária, "se prontificou a ouvir sugestões de uma localização alternativa para a praça de pedágio, ao mesmo tempo que continua em negociação com os proprietários afetados pela construção da mesma". De acordo com ele, é política da empresa a busca de uma solução que cause o "menor impacto possível" para os usuários da rodovia e a população que reside ou tem seus negócios às margens da RS-122.

No entanto, Negreiros salienta que devem ser resguardados os direitos previstos no contrato de concessão assinado com o governo do Estado, os quais embasaram a proposta de licitação.

Propostas e negociação

Conforme o prefeito Júlio César Campani, a administração municipal vai elaborar duas propostas e apresentar aos moradores na próxima semana. Já na terceira semana de abril, a CSG deve ser chamada para conhecer a alternativa escolhida como a mais viável. "Em vez de mexer com até 30 imóveis, a nossa proposta é que se resolva com o menor impacto possível", explica Campani.

Segundo ele, um dos estudos já levantou a possibilidade de local onde seja necessária a desapropriação de área pertencente a um único proprietário. "Também pedi que os moradores escolham um líder entre eles para participarem das reuniões", pondera.

O prefeito declara ainda que os moradores estão insatisfeitos com a abordagem e propostas feitas pela CSG até o momento, que não condizem com o valor real dos imóveis.

Quanto à mudança do ponto das praças de pedágio, o prazo previsto em contrato para que sejam iniciados os trabalhos de deslocamento é de um ano.

Antevendo a instalação da praça de pedágio, a prefeitura de São Sebastião do Caí investiu em asfaltamento de uma via no ano passado, para servir como possibilidade para desvio de rota.

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