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"Eu pressenti": Namorada de motociclista morto na BR-116 se emociona ao ir ao local do acidente

Vítima levava um litro de óleo de lavanda para cliente quando bateu de frente em um caminhão-betoneira; caminhoneiro também morreu no local

Publicado em: 30.05.2023 às 11:44 Última atualização: 30.05.2023 às 12:56

Ricardo Martins da Silveira, 60 anos, o "Caco", como era carinhosamente chamado por conhecidos, morava em Morro Reuter. Ele era psicólogo, mas trabalhava com a venda de produtos de lavanda.

O motociclista, que morreu na tarde de segunda-feira (29), em um acidente de trânsito na BR-116, em Estância Velha, dirigia-se para entregar um litro de óleo de lavanda a uma cliente em Porto Alegre.


O aeronauta Denis Carpes,  47 anos, e a namorada da vítima fatal, a agente de saúde Inadia Strassburger Steffen
O aeronauta Denis Carpes, 47 anos, e a namorada da vítima fatal, a agente de saúde Inadia Strassburger Steffen Foto: Susi Mello/GES-Especial

O velório ocorre no Cemitério da Santa Casa, na capital gaúcha, mesmo local do sepultamento às 17 horas desta terça-feira (30).

SAIBA MAIS: Identificados motoristas que morreram após colisão entre motocicleta e caminhão na BR-116

No caminho para a despedida, o sobrinho de Silveira, o aeronauta Denis Carpes, 47, e a namorada da vítima, a agente de saúde Inadia Strassburger Steffen, 51, pararam nesta manhã no local do acidente, em Estância Velha.


No outro lado da rodovia, um colega do motorista do caminhão também observava onde o caminhoneiro morreu. Ele conversou com o casal, mas não quis conceder entrevista. Os três falaram sobre o acidente e as características das vítimas, que deixam saudades.

Os familiares de Silveira recolheram objetos pessoais e da motocicleta, que estavam no acostamento da rodovia federal, próximo ao local do acidente. Tênis, capacete e até a mochila que rasgou com o impacto  foram colocados no veículo dos familiares. 

Carpes conta que seu tio estava descendo de Morro Reuter. "A gente mora lá na área rural e ele trabalha com lavanda. Ele estava descendo para entregar um litro de óleo que vendeu para uma cliente em Porto Alegre", explica o sobrinho de Silveira.

Ele acrescenta que ficou sabendo que o tio teria desviado de uma senhora que atravessava a rodovia e fatalmente bateu de frente com o caminhão.

"Eu pressenti"

Inadia conta que namorava Silveira há um ano e seis meses. Visivelmente emocionada, as lágrimas encheram seus olhos ao falar dele. "Era uma pessoa incrível, muito querido. Todos gostavam dele", declarou.

Ela contou que diariamente ele mandava mensagem desejando um bom dia. Onte, não foi diferente. Antes de ir a Porto Alegre, Inadia conta que ele também escreveu pelo Whats: "Estou indo levar o óleo para Porto Alegre". Foi a última vez que os dois falaram.

A agente de saúde conta que às 15h30 enviou mensagem para ele, que não respondeu. "Como vi esse acidente no 'Face'... não sei, parecia que pressentia. Daí fazer o quê?", declarou emocionada.

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