EM PEDAÇOS: Corte de árvore gera polêmica em cidade do Vale do Sinos

Mais uma vez o corte de uma árvore simbólica tem gerado polêmica em Sapucaia do Sul. Depois da retirada de uma “Falsa Seringueira” para a reforma da Praça General Freitas, no início do ano passado, agora é a supressão de um Guapuruvu, também no Centro, que tem incomodado os moradores.

A árvore, localizada em frente a uma loja de roupas, na Rua Coronel Serafim Pereira, foi cortada durante o feriado de Corpus Christi, na quinta-feira (8). Na manhã de sexta-feira (9) moradores desavisados assistiam, incrédulos, ao poucos pedaços de tronco que ainda restavam no local.

“Uma tristeza. Uma árvore linda dessas. Infelizmente Sapucaia está se tornando uma cidade conhecida pela destruição das suas árvores”, comenta o aposentado Henry Machado, 63 anos.

Há cerca de 15 anos a possibilidade de retirada da árvore do local já havia sido motivo de protestos de moradores e ambientalistas na cidade. “Dessa vez foram mais rápidos e cortaram no feriado justamente para não deixarem qualquer modo de defesa de quem era contrário a este absurdo”, destaca a professora Maria Flávia Hoffmann, 57.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente de Sapucaia do Sul, Miguel Sperling, a árvore estava "comprometida no seu estado fitossanitário",  apresentando "madeira frágil e muito suscetível ao apodrecimento e ataque de fungos". "E como é um exemplar de grande porte e está em um local de circulação de pessoas opta-se por tomar medidas visando a precaução de uma futura queda de ramos ou parte da copa", explica Sperling. 

Conforme ele, a reposição florestal efetuada pela empresa foi a doação de 15 mudas nativas, conforme legislação municipal. "Além disso, ela será substituída no local por outra", completa o secretário.