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Notícias | Região VÍTIMAS DO CICLONE

Comoção na despedida de família do Vale do Sinos morta em deslizamento de terra em Maquiné

Corpos de viúva, filha e genro de ex-diretor do IENH e um dos fundadores do Museu Histórico Visconde foram velados neste domingo, em São Leopoldo

Publicado em: 18.06.2023 às 18:07 Última atualização: 18.06.2023 às 18:49

Centenas de pessoas passaram neste domingo (18) pela Capela da Casa Matriz de Diaconistas, em São Leopoldo, para prestar as últimas homenagens a três pessoas da mesma família que morreram em um deslizamento de terra em Maquiné, no Litoral Norte, na noite da última quinta-feira (15). 


Corpos de três pessoas da mesma família foram velados neste domingo (18), em São Leopoldo
Corpos de três pessoas da mesma família foram velados neste domingo (18), em São Leopoldo Foto: Renata Strapazzon/GES_Especial

As vítimas são Agnes Shmeling, de 91 anos; a filha Agnes Schmeling, 57; e o marido da filha, Alimir Marques Portella Lopes, 70 – respectivamente viúva, filha e genro do arquiteto, professor e um dos fundadores do Museu Histórico Visconde de São Leopoldo Kurt Schmeling, falecido no ano passado. Ele também foi diretor da Instituição Evangélica de Novo Hamburgo (IENH). 

As mortes aconteceram na casa onde a família residia, no bairro Mundo Novo, em Maquiné, durante a passagem de um ciclone extratropical pelo Rio Grande do Sul. Os corpos foram encontrados com a ajuda de cães farejadores e de soldados do Corpo de Bombeiros.


Casa da família Schmeling, no bairro Mundo Novo, em Maquiné, ficou totalmente destruída
Casa da família Schmeling, no bairro Mundo Novo, em Maquiné, ficou totalmente destruída Foto: Divulgação

"Acreditamos que o deslizamento tenha acontecido por volta das 22 horas de quinta-feira e que eles estavam todos na parte inferior da residência. Ficamos sabendo do ocorrido perto do meio-dia de sexta, quando um funcionário chegou na casa para trabalhar e viu a casa completamente destruída", conta Christoph Shmeling, filho, irmão e cunhado das vítimas.

Segundo ele, a propriedade onde a família morava ficava em uma área de preservação ambiental. "Era um legado do meu pai, que sempre nos ensinou muito sobre a preservação e o respeito pelo meio ambiente", conta Christoph. A cerimônia de despedida foi realizada na capela, conta, devido ao lugar ter sido projetado pelo próprio pai.

Conforme Christoph, os corpos da mãe, da irmã e do cunhado devem ser cremados.

Agnes (filha) era professora no campus de Osório do Instituto Federal Rio Grande do Sul (IFRS). O Instituto emitiu comunicado informando a morte da professora e o cancelamento das aulas nesta segunda-feira (19) no campus de Osório. Também foi decretado luto oficial pela entidade. "As demais unidades do IFRS também estão de luto por três dias, porém com a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas", informa o comunicado.

Exemplo na cultura

O velório da família contou com a presença do deputado estadual Cláudio Tatsch e de pessoas ligadas à cultura e a educação, além de amigos e familiares. Diretora de relações institucionais do Museu Hisórico Visconde de São Leopoldo, Ingrid Marxen, também prestou homenagens à família.

"(Kurt e Agnes) Era um casal muito unido, tanto que ela fez parte disso tudo (da fundaçao do Museu), mesmo tendo seus seis filhos para criar. Era uma família muito especial, que levou uma vida inteira baseada na cultura, sempre sendo um exemplo para filhos e netos", opina.

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