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Notícias | Rio Grande do Sul Em 2018

Quase 40% dos mortos no trânsito no RS tinham álcool no sangue, diz pesquisa

Percentual chega a 94,7% em condutores que morreram nas madrugadas de domingo

Publicado em: 19.12.2019 às 11:05 Última atualização: 19.12.2019 às 11:28

Teste do etilômetro (bafômetro) é obrigatório em blitze Foto: DetranRS/Divulgação
Pesquisa realizada pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) em 2018 detectou que 38,3% dos mortos no trânsito do Rio Grande do Sul tinham álcool no sangue. Para os condutores que morreram nas madrugadas de domingo, esse percentual chega a 94,7%. A amostra totalizou 1.047 vítimas, ou 62,7% do total de mortos no período. O acompanhamento passará a ser permanente. O levantamento faz parte de uma parceria entre o Detran/RS e o IGP por meio do cruzamento de dados.

Entre os motoristas mortos em acidentes de trânsito no ano passado, 41,3% tinha algum grau de álcool no sangue. Mas o dado mais surpreendente é a presença de álcool em 45,9% dos pedestres vítimas de acidentes de trânsito em 2018. Também chama a atenção o percentual de ciclistas mortos com álcool no sangue (42,1%), maior que entre os motociclistas (34,4%). Mais da metade dos ciclistas e pedestres que tiveram resultado positivo para álcool morreram em rodovias.

Dia e hora

Os resultados da pesquisa mostraram que os testes positivos para alcoolemia em vítimas de trânsito são maiores durante a madrugada (64,6%) e no turno da noite (48,6%). O álcool também está mais presente nas vítimas que morrem aos domingos (59,7%) e aos sábados (46,7%).

 

Gênero e faixa etária

De um total de 855 homens que morreram no trânsito em 2018 e que foram testados para alcoolemia, 359 apresentaram resultado positivo (42%). Entre as 192 mulheres mortas em acidentes que foram testadas, 42 tinham bebido (21,9%).

Analisando-se as faixas etárias, os mais jovens e os mais velhos representam os menores percentuais entre as pessoas testadas. Das vítimas com até 24 anos, 36,6% estavam alcoolizados no momento do acidente. Acima de 55, esse percentual foi de 26,9%. Mas entre os mortos das demais faixas etárias, foi encontrada presença de álcool em mais de 40% dos casos: 42,7% de 25 a 34 anos, 44% de 35 a 44, e 47,9% entre 45 a 54 anos.

 

Dados corroboram com estudos internacionais

Segundo o Detran/RS, o resultado da pesquisa confirma estudos científicos internacionais e protocolos de segurança nos quais o Governo do Estado se baseou para desenvolver políticas públicas como a Balada Segura e a Viagem Segura, mostrando o acerto na escolha do fator de risco prioritário. “Agora, analisaremos os dados por região, dias e horários onde se concentram os acidentes envolvendo álcool para melhor direcionarmos nossos esforços”, afirma o diretor-geral do DetranRS, Enio Bacci.

A partir do próximo ano, a autarquia vai visitar as regiões do RS Seguro com maiores índices de acidentalidade, e também as maiores cidades com maior número de mortes por 100 mil habitantes para propor soluções. O Departamento apresentará dados estatísticos da região, tanto de alcoolemia, como pontos críticos, enfim, um diagnóstico completo para que se possa pensar intervenções eficientes.

A Escola Pública de Trânsito também, a partir dos dados estatísticos, irá propor intervenções na área de educação para o trânsito. A ideia é que, com esses esforços de estatística, o Detran/RS já leve algumas soluções em termos de educação e engenharia para melhorar a questão da acidentalidade nessas localidades.

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