A reunião que pode definir os rumos da greve dos professores está marcada para esta terça-feira (7), às 11 horas, na Secretaria Estadual da Educação (Seduc), em Porto Alegre. O encontro, que ocorreria no dia 10 de janeiro, foi antecipado após pressão do Cpers/Sindicato que busca negociação sobre o corte do ponto durante a paralisação. Sem receber os salários por conta da greve, além do parcelamento que ocorre mensalmente, os servidores chegaram a realizar pedágios solidários na capital.
Sobre a recuperação das aulas, a Seduc sugeriu que o calendário de recuperação das aulas fosse entre os dias 21 de dezembro de 2019 e 23 de janeiro deste ano. Como os docentes têm direito aos trinta dias de férias, elas seriam dadas após a recuperação das aulas.
A sugestão de data para a recuperação de trabalho dos professores que permanecem em greve, ainda de acordo com a Seduc, é entre 24 de janeiro e 22 de fevereiro. A ação visa a garantir aos estudantes o direito de, no mínimo, 200 dias letivos e assegurar a carga horária de 800 horas para o ensino fundamental e mil horas para o ensino médio.
Na região algumas escolas seguem paralisadas totalmente ou parcialmente. Em Novo Hamburgo, o Colégio Engenheiro Ignácio Christiano Plangg, de Canudos, mantém a maioria das aulas suspensas e de acordo com a diretora Magda Schaeffer apenas seis professores retornaram para a sala de aula. "As definições das aulas vão depender da reunião com o secretário [Faisal Karam]. É um absurdo o que estão fazendo, sobretudo as propostas que atingem o plano de carreira dos professores", afirma.
Já escolas menores, como a Maurício Sirotsky Sobrinho não aderiram ao movimento e concluíram o ano letivo no dia 19 de dezembro de 2019.
De acordo com levantamento da Seduc, 132 escolas estão paralisadas no Estado e três na região da 2ª Coordenadoria Regional da Educação (CRE).