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Notícias | Rio Grande do Sul PRÉDIO IMPLODIDO

Governo do RS explica o que pretende fazer com a área onde ficava a sede da SSP

Estrutura que abrigava a sede da Secretaria de Segurança Pública gaúcha precisou ser implodida por causa dos danos estruturais provocados por incêndio em 2021

Por Eduardo Amaral
Publicado em: 06.03.2022 às 17:24 Última atualização: 06.03.2022 às 19:37

Fim de março é o prazo dado pelo Governo do Estado para definir o que será feito com o espaço onde ficava o prédio que serviu de sede à Secretaria de Segurança Pública (SSP) por 19 anos. O anúncio foi feito pelo vice-governador e secretário de Segurança, Ranolfo Vieira Júnior, após a implosão do restante da estrutura do imóvel que ficou inutilizado desde o incêndio em julho de 2021.

PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 6.3.2022. Foram necessários 200 kg de explosivos para colocar abaixo, em sete segundos, o que restou do prédio atingido por incêndio na noite de 14/7/21. Restaram no terreno da rua Voluntários da Pátria 20 mil toneladas de entulho. Fotos: Itamar Aguiar/Palácio Piratini
PORTO ALEGRE, RS, BRASIL, 6.3.2022. Foram necessários 200 kg de explosivos para colocar abaixo, em sete segundos, o que restou do prédio atingido por incêndio na noite de 14/7/21. Restaram no terreno da rua Voluntários da Pátria 20 mil toneladas de entulho. Fotos: Itamar Aguiar/Palácio Piratini Foto: ITAMAR AGUIAR/ PALÁCIO PIRATINI

Entre as possibilidade para o futuro do prédio estão a construção de uma nova sede no mesmo local, venda do espaço ou permuta por uma área já construída. “Essa é uma área pública, que tem um valor considerável”, lembrou o vice-governador. O terreno está localizado na Rua Voluntários da Pátria, região central de Porto Alegre.

A implosão do antigo prédio da SSP aconteceu na manhã de domingo, e seguiu todo o cronograma previsto pelas autoridades e pela FBI Demolidora, empresa responsável pela detonação do prédio. Precisamente às 9 horas os primeiros explosivos começaram a ser detonados e em menos de sete segundos a estrutura veio abaixo. “O próximo passo é o recolhimento das 20 mil toneladas de entulho”, afirmou Ranolfo.

Desde a implosão do edifício das lojas Renner, em 1976, nenhum outro prédio havia passado pelo mesmo processo em Porto Alegre. Responsável pelo processo de implosão, o engenheiro de minas Manoel Jorge Diniz Dias, classificou a implosão do prédio como dificuldade 8, e explicou que durante o processo foi descoberto que não seria possível acessar alguns pilares. Foi em razão disso que ainda persiste um resto de estrutura do antigo prédio, o qual será derrubado com maquinários.

A FBI Demolidora foi contratada para o serviço em janeiro deste ano, com um prazo de 120 dias para conclusão dos trabalhos de implosão. O contrato foi de R$ 3,1 milhões, sendo a empresa reconhecida por trabalhos semelhantes como o Palace 2 no Rio de Janeiro e Carandiru, em São Paulo.

 

Homenagem

O incêndio que destruiu o prédio da SSP iniciou por volta das 21 horas, em 14 de julho de 2021, e rapidamente as chamas tomaram conta do prédio. Nenhum funcionário ficou ferido, mas no combate às chamas, o 1º Tenente Deroci de Almeida da Costa, e o 2º Sargento Lúcio Ubirajara de Freitas Munhós, acabaram desaparecendo e os corpos foram encontrados após uma semana de buscas.

Em todos os discursos após a implosão, as autoridades lembraram dos bombeiros que morreram ao combater o fogo. Mesmo sem ter os nomes ditos, as condolências gerais foram direcionada às famílias e aos bombeiros gaúchos. O vice-governador disse que está em estudo uma possível homenagem aos dois no novo prédio que vai abrigar a sede da Secretaria de Segurança Pública.

Inquérito sem Culpados

Em 14 de fevereiro deste ano a Polícia Civil (PC) entregou ao Ministério Público (MP) o inquérito que investigou as causas do incêndio. Antes disso, o laudo do Departamento de Criminalística do Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou um fenômeno termoelétrico como causa do incêndio, que pode ter sido provocado por sobrecarga com possibilidade de curto-circuito na rede elétrica.

O IGP indicou ainda que o foco inicial do evento foi possivelmente na sala onde funcionava a Divisão de Inteligência Penitenciária (DIPEN). O inquérito da 17ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre foi finalizado sem indiciar culpados dolosos ou culposos pelo incêndio.

Veja a queda do prédio da SSP que durou menos de sete segundos

 

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