Cobertura vacinal da pólio chega a 78% no Rio Grande do Sul
No Estado, 327 municípios atingiram a meta de imunização contra a poliomielite, que é de 95% das crianças até quatro anos
O Rio Grande do Sul teve 78,07% de cobertura vacinal, acima da média nacional, que foi de 72,57%, na Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, encerrada em 22 de outubro, conforme dados informados pelos municípios até dia 31. No Estado, 327 municípios atingiram a meta de imunização contra a poliomielite, que é de 95% das crianças até quatro anos. Outros 170 municípios não alcançaram a meta de vacinação na campanha, mas a vacinação ainda pode ser feita nos serviços de saúde municipais.
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Conforme a especialista Adriana Zanon, do Núcleo de Imunizações do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, a importância de manter as coberturas vacinais altas, acima de 95%, é a busca de um território seguro para a não reintrodução do vírus.
Segundo ela, o Brasil registrou no final dos anos 80 o seu último caso de pólio. Um dado que preocupa é que, desde 2015, tem-se observado um decréscimo nas coberturas vacinais da pólio e outras vacinas também. “Isso faz com que a gente tenha grupos de bolsões de suscetíveis, ou seja, se houver a reintrodução do vírus, nós teremos em função dessas baixas coberturas a possibilidade da circulação do vírus e do reaparecimento de casos”, afirma Adriana.
Afeganistão e o Paquistão são os dois países no mundo com circulação do vírus. Neste ano, no entanto, houve um caso confirmado nos Estados Unidos. Um estudo recente da Organização Pan-Americana da Saúde e do Ministério da Saúde apontou o Rio Grande do Sul como um local com risco de reintrodução do vírus.