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Notícias | Rio Grande do Sul CASO BERNARDO

Pai de Bernardo Boldrini volta a ser julgado pelo assassinato do filho nesta segunda-feira

Condenado em 2019, Leandro Boldrini teve júri anulado dois anos depois e retorna ao banco dos réus em Três Passos

Publicado em: 19.03.2023 às 16:09 Última atualização: 19.03.2023 às 16:24

Leandro Boldrini, pai do menino Bernardo, volta para o banco dos réus a partir desta segunda-feira (20). Boldrini foi condenado em um primeiro julgamento realizado em 2019 por participação no assassinato do filho de 11 anos em 2014. Porém, no final de 2021 o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) anulou o primeiro julgamento e determinou um novo júri, que será realizado na cidade de Três Passos, mesma cidade onde o crime aconteceu.

Leandro Boldrini foi condenado em 2019, mas julgamento foi anulado em 2021
Leandro Boldrini foi condenado em 2019, mas julgamento foi anulado em 2021 Foto: Divulgação/TJRS


Boldrini responde pelos crimes de homicídio quadruplamente qualificado (motivo torpe, motivo fútil, emprego de veneno e dissimulação), ocultação de cadáver e falsidade ideológica. O Ministério Público (MP/RS) será representado pelos promotores Lúcia Helena de Lima Callegari e Miguel Germano Podanosche e convocou quatro testemunhas, além de uma arrolada tanto pelo órgão quanto pela defesa de Boldrini. A defesa do réu chamou outras cinco testemunhas.

As testemunhas de ambas as partes serão as primeiras a depor, depois será a vez de Boldrini e apenas após o interrogatório dele iniciarão os debates com uma hora e meia para manifestação da acusação e defesa e mais uma hora para réplicas e tréplicas. Todo o julgamento será transmitido ao vivo pelo canal do TJRS no YouTube.

Relembre o caso

Bernardo Boldrini morava em Três Passos e desapareceu no dia 4 de abril, quando tinha 10 anos. O corpo do garoto foi encontrado 10 dias depois, enterrado em uma cova dentro de uma propriedade às margens de um riacho na cidade vizinha de Frederico Westphalen.

No mesmo dia, o pai e a madrasta da criança, Graciele Ugulini, foram presos apontados como o mentor intelectual e a executora do crime. Além dos dois, a amiga de Graciele, Edelvânia Wirganovicz, também foi presa por ajudar no assassinato. Dias depois, Evandro Wirganovicz, irmão de Edelvânia, foi preso apontado como o responsável por preparar a cova onde o menino foi enterrado. Os quatro réus foram condenados em 2019, mas o júri de Leandro foi anulado em dezembro de 2021.

Na decisão do 1º Grupo Criminal do TJ/RS, proferida no dia 10 de dezembro de 2021, quatro desembargadores votaram favoráveis à anulação do júri de Leandro acolhendo a tese da defesa sobre a conduta do promotor durante o interrogatório. “A acusação, contando com a complacência da magistrada, não se limitou a formular perguntas, senão que, em dado momento (mormente depois de orientado o acusado a não as responder), se valeu da oportunidade da realização de questionamentos, contestando declarações anteriores prestadas pelo réu, fazendo alusão a dados informativos que, no seu entender, as contrariavam, afirmando que esse não falava a verdade”, afirmou na época o desembargador Honório Gonçalves da Silva Neto, que relatou o caso.

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