Putin e João Batista

João Batista, este da festa de São João, foi decapitado nas mãos de um Putin dos tempos bíblicos. Cumpriu a missão dele, preparar o caminho para Jesus. Herodes também cumpriu o papel dele. Ele abriu o caminho para o Diabo. Mas, tem um detalhe que a história não esconde, os ditadores sempre sucumbem pelo próprio veneno. Vítima de conspiração, foi banido do poder pelo imperador Calígula, e tempos depois morreu por uma doença infecciosa, exilado e longe das regalias.

Os Herodes sempre vão existir e infernizar este mundo de atrocidades. Mas, hoje eles carregam um alerta assustador, as armas em suas mãos têm o poder de destruir todo o planeta. Por isto o medo com as consequências de uma guerra civil na Rússia.

Poucos duvidam que Putin é sinônimo de pura maldade, mas o chefe dos mercenários Wagner e os soldados dele - que vão à guerra por dinheiro - são a própria incorporação da perversidade. Nestas horas surge a pergunta: por que Deus permite tudo isto?

O evangelista Lucas (23.8-12) conta que Herodes ficou animado quando encontrou Jesus. Esperava presenciar milagres. Fez perguntas a ele de todas as formas, mas o Salvador não disse uma única palavra. Indignado, zombou dele e o devolveu a Pilatos - que lavou as mãos e mandou Jesus para a cruz.

Com o poder da maldade não existe diálogo. Mas, o silêncio de Deus diante das algazarras infernais é cortado no grito da cruz: "Tudo está consumado". E daí a voz de João Batista que ecoa nos desertos e abre caminho para o Reino de Deus passar. Podemos escolher qual caminho abrir.

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