Caso Marielle ainda não terminou

A delação premiada que diminuirá o rigor das punições previstas para um dos envolvidos no assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro, apesar de muito detalhadas descrições e informações, não terá ainda a força suficiente para que se possa ter o caso como encerrado.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flavio Dino, diante de robustos depoimentos do criminoso delator, ainda assim, apenas saudou o avanço das investigações, para ele correspondentes a apenas uma fase de todo o trabalho que se imagina necessário para a plenitude da verdade.

Marielle foi morta após ter participado de um evento na Casa das Pretas, no bairro da Lapa, em 14 de março de 2018, após seus assassinos terem pesquisado seu CPF, endereço e contatos durante dois dias anteriores ao crime. Fechando-se o cerco programado, deu-se o ataque e o assassinato por fim.

O delator, que nas últimas horas tem ocupado manchetes e comentários por todo o Brasil, diz claramente que tem muito mais para contar e que há mais gente a ser presa, julgada e condenada.

Marielle foi morta por assassinos que dispararam usando armas de fogo de dentro de um automóvel, com o qual perseguiam a vereadora carioca. Ainda se está investigando detalhadamente o crime e vem muita história por aí. A delação foi só uma ponta de cortina que se levantou, começando a ensejar toda a visão sobre caso tão terrível.

Indispensável que se chegue aos nomes dos mandantes do barbarismo praticado e que a conclusão do processo aconteça. Sem muita demora.