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Opinião

O Dia do Padre

Publicado em: 03.08.2023 às 03:00

Como acontece em todos os anos, neste primeiro domingo de agosto, a Igreja do Brasil celebra o Dia do Padre. É o domingo em que nós fazemos a abertura do mês vocacional, e celebramos a grande missa em que Dom João confere o acolitato e o leitorato a quatro de nossos seminaristas de Viamão.

A liturgia nos apresenta a experiência fantástica vivida pelos apóstolos Pedro Tiago e João, no alto do Monte Tabor, onde Jesus se transfigurou diante deles, mostrando-lhes a sua divindade e entrando em diálogo com dois personagens importantes do Antigo Testamento, já falecidos há muitos séculos, mas que agora dialogam com o Cristo transfigurado: Moisés, como representante da Lei e Elias, dos Profetas.

No magistério público de Jesus, onde Ele deveria revelar aos poucos a sua real origem e o seu verdadeiro significado na história, em vez de falar e explicar tudo isto longamente, eis o que faz: leva ao monte três apóstolos escolhidos e ali se transfigura diante deles, assumindo um corpo resplandecente e entra em diálogo com estes personagens bíblicos.

Os apóstolos até adormeceram, mas sentiram-se tão bem, tinham vontade de eternizar aquele momento e Pedro foi explícito ao falar: "Senhor, como é bom estarmos aqui. Se queres vou fazer aqui três tendas, uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias?" (Mt 17, 4). Pedro ainda estava falando, quando uma nuvem luminosa os encobriu. E da nuvem, uma voz dizia: "Este é meu Filho amado, no qual coloquei todo o meu agrado. Escutai-o" (Mt 17,5).

Esta cena fantástica da transfiguração do Senhor celebramos em 6 de agosto. Quando ocorre no domingo, a própria liturgia cede o seu espaço para esta festa, atualmente contemplada no quarto mistério do Terço luminoso, criado pelo papa São João Paulo II em 1997. Ali nós somos também convidados a refletir sobre a transfiguração do Senhor. É o momento em que Jesus foi extremamente moderno. Ele utilizou um verdadeiro audiovisual, para instruir os seus apóstolos.

Ao descerem da montanha, Jesus pediu que não falassem para ninguém antes de que o Filho do Homem tivesse ressuscitado dos mortos! Era mais um enigma!


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D. Zeno Hastenteufel

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