Ai de mim se não fosse eu!

Tem dias que a vida é um ato de coragem. A gente acorda e já sabe que irá precisar se reinventar, desafiar a si mesmo, embora reconheça, que viver exige calma e resiliência.

Aprender a aceitar as tempestades não é para os fracos. É preciso entregar doses de força para driblar os desafios que insistem em surgir. Por isso: ai de mim se não fosse eu! Não é sentir-se superior ou dona da situação, mas assumir o comando das escolhas. É saber que amadurecemos com os golpes da vida. É reconhecer que não podemos terceirizar os sonhos, os planos.

O educador e escritor Rubem Alves escreveu certa vez: a gente fica esperando que a alegria haverá de chegar depois da formatura, do casamento, do nascimento, da viagem, da promoção, da loteria, da eleição, da casa nova, da separação, da aposentadoria... e ela não chega porque a alegria não mora no futuro, mas no agora. Quanta sabedoria! Estamos sempre colocando no amanhã a felicidade.

É preciso coragem para voar com as próprias asas. Desenvolver habilidades, para suportar os desafios e ao mesmo tempo ser resolutiva. E isso se aprende vivendo, enfrentando. Havendo risco de felicidade, ali devemos estar. Afinal, a cada degrau, vamos subindo, sem pular etapas. Lembrando o mestre Gilberto Gil, "andar com fé eu vou, que a fé não costuma 'faiá'".

Fica o convite: Carpe diem! Uma expressão latina, que significa aproveite o dia, o agora. Então, vamos apreciar o presente e dar sequência na vida, da melhor forma, pois nada se repete, nem o bom e nem o ruim.

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