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Eleições CORRIDA AO PIRATINI

Mudança de pedágio no Caí e privatizações: o que disse Leite em entrevista à Rádio ABC 103.3

Candidato ao governo do RS no segundo turno das eleições participou de entrevista no programa NH10 com Cláudio Brito e João Ávila

Por Redação
Publicado em: 13.10.2022 às 17:23

Em entrevista, ao vivo, promovida pela Rádio ABC 103.3, na manhã desta quinta-feira (13), Eduardo Leite falou sobre temas polêmicos e sensíveis para o Rio Grande do Sul e para a região. A participação de Leite abre a rodada de conversa com os candidatos que disputam o cargo de govenador do RS neste segundo turno de eleições. 

O postulante ao Piratini pelo PSDB respondeu a perguntas feitas pelos comunicadores Cláudio Brito e João Ávila, no programa NH10. Entre os assuntos de destaque abordados com o candidato tucano estão os planos para a área da educação e opinião sobre privatizações.

Eduardo Leite em entrevista na Rádio ABC 103.3 FM
Eduardo Leite em entrevista na Rádio ABC 103.3 FM Foto: Kelly Veronez/GES-Especial

A conversa foi transmitida ao vivo pela rádio e pelas plataformas digitais.

Sobre a instalação da praça de pedágio no Vale do Caí, Leite afirmou que o governo do Estado apoia o município de São Sebastião do Caí na identificação de uma nova área. Atualmente, a construção da estrutura de cobrança está prevista para o quilômetro 4 da RS-122, conforme o plano de concessão das rodovias. O ex-governador confirma que conversou recentemente com o prefeito da cidade do Vale do Caí, Júlio Campani, sobre medidas para evitar que  os moradores sejam afetados.   

"Falei para ele que nós apoiamos as negociações com a empresa ganhadora do leilão opara que se possa identificar outra localidade para a praça de pedágio. Não sendo possível, vamos constituir alguma medida mitigatória, ou seja, para que a comunidade que foi afetada tenha isenção ou tenha algum tipo de benefício que seja conferido pelo Estado para reduzir e até zerar o impacto gerado sobre uma praça de pedágio ali."

Ainda sobre privatizações, falou sobre a Corsan e garantiu que, se eleito, ela "não vai deixar de existir". E que com a transferência de administração provada, a Cosan "vai ter que ser uma Corsan mais forte para para prestar serviços para a população."

Confira, a seguir, outros temas abordados no encontro realizado na sede do Grupo Sinos, em Novo Hamburgo, nesta manhã:

Banrisul

Na entrevista, o ex-governador garantiu que não colocará o Banrisul à venda. "Assumi um compromisso muito claro que o Banrisul não será encaminhado à privatização neste próximo governo." 

Durante a resposta, aproveitou para criticar o oponente, Onyx Lorenzoni: "Importante destacar, meu adversário tem defendido ser um governador dentro do banco, participando de reuniões de conselhos, o que significa uma clara interferência, ingerência política, dentro do banco. Mais do que isso, tem dito que vai colocar a mão no dinheiro do banco, das reservas do banco."

Candidato com 'experiência'

Leite destacou na entrevista ser o candidato que tem "experiência" e que "o governo está diferente dos outros anos" já que as contas em dia, há regularidade de pagamentos aos hospitais e, que, ao longo do mandato, conseguiu avançar para pagar fornecedores que estavam com atraso por parte do Estado. Contudo, que ainda tem o desafio do Ipe Saúde. 

Neste sentido, enfatizou o retorno de recursos com as privatizações, "só na parte de ICMS que a CEEE devia para o Estado, Novo Hamburgo recebeu cerca de R$ 13 milhões por conta do que a CEEE deixou de pagar e quando a gente priovatizou recebeu este valor."

Ressaltou que houve um grande esforço nos últimos anos, desde o governador Sartori, para assinar o regime de recuperação fiscal. Segundo Leite, com a assinatura do regime de recuparação fiscal, o Estado retomou o pagamento de parcelas da dívida [da União] gradualmente até 2029 em vez e pagar de forma integral.

"No total, até 2029, o Estado vai economizar R$ 19 bilhões em pagamentos das parcelas da dívida por força deste acordo que nós fizemos." Ainda destaca que as reformas feitas no Estado economizam R$ 20 bilhões ao longo de uma década.

Investimento em rodovias, saúde e educação

O postulante ao Piratini defendeu, ainda, investimentos feitos em seu governo nas rodovias da região metropolitana, como a ponte sobre o Rio dos Sinos, mesmo que municipais ou federais. "Se o governo federal não consegue concluir essas obras com a agilidade que é necessária, é o povo gaúcho que está sofrendo, é o trabalhador aqui que fica trancado, é o produto que fica também engargalado aqui, o turista que vai em direção à Serra gaúcha que fica também preso neste trânsito e que acaba tendo uma experiência ruim que compromete o nosso melhor desenvolvimento do turismo, é um problema do RS, é um problema dos gaúchos. deveria ser resolvido pelo governo federal, mas se ele está incapaz de resolver isso, a nossa disposição é de colocar de recursos para poder concluir essa obra."

Um dos exemplos de parceria trazidos por Leite foi a Avenida dos Municípios que recebeu recursos do Estado para a obra. A estrada, lembra ele, está em processo de municipalização, no qual as cidades serão responsáveis pela manutenção.

Ainda entre os investimentos, falou sobre aportes do Estado para obras e equipamentos para 102 hospitais, como o Hospital Municipal de Novo Hamburgo, onde o valor ajuda na ampliação do Anexo II e na reforma do telhado; no Hospital Sapiranga, que recebeu recursos para um centro de partos normais; e também para o Hospita Getúlio Vargas, de Estância Velha.

Questionado sobre as escolas estaduais, Leite enfatizou que "agora que nós arrumamos a casa, é hora de arrumar a escola." De acordo com ele, é necessário ajustar problemas nas estruturas administrativas das escolas estaduais. "Reforçamos em recursos para a manutenção das escolas - triplicado para reforma e manutenção. Em média, cada escola recebeu R$ 100 mil", afirma.

Além disso, destacou que uma das promessas para a próxima gestão é a educação tempo integral, presta para o ano que vem.

Leite disse a Ávila que não concorda sobre o sucateamento das escolas estaduais "Eu discordo que as escolas estejam cada vez mais sucateadas, eu entendo que a gente tem muitos problemas, vai haver inúmeros exemplos de problemas em escolas estaduais. Resultado da falta de capacidade de investimento do RS. Não conseguia pagar os salários até pouco tempo, não conseguia pagar fornecedores, atrasa pagamentos para hospitais."

Sem apoio à Presidência

Como já havia declarado após o pimeiro turno, Leite reitera que se manterá neutro e que não dará apoio aos candidatos à Presidência, Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Eu sou líder de um projeto político para o Rio Grande do Sul. A minha posição foi externada na semana passada, o meu lado é o Rio Grande do Sul."

Central Grupo Sinos de Eleições

A entrevista com o candidato Onyx Lorenzoni, com as mesmas regras que as de Leite, está marcada para o próximo dia 20. Já no dia 24, será realizado o debate com os postulantes ao cargo na sede do Grupo Sinos.

Ouça a entrevista

 

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