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Ainda que a taxa de ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na região de Novo Hamburgo no distanciamento controlado do Estado tenha apresentado uma leve melhora nos últimos dias, a quantidade de hospitalizações por confirmação ou suspeita de Covid-19 vem crescendo.
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Em levantamento feito pelo Jornal NH no início da tarde de ontem, sete pacientes já tinham recebido a confirmação da Covid-19, dez tinham suspeita da doença ou de outra SRAG e 50 estavam internados por motivos diversos. Comparando com 5 dias atrás, as internações por Covid-19 subiram 75%.
Já a taxa de ocupação dos leitos de UTI nos mesmos 10 hospitais das redes pública e privada estava em 88,2%, deixando somente nove vagas em aberto. A diminuição foi possível pois, além da redução geral em quatro internações, houve o cadastramento de mais cinco leitos na região, chegando a 76.
Os indicadores têm chamado a atenção da equipe responsável pelo distanciamento controlado do Estado. Ainda que a região de Novo Hamburgo permaneça na bandeira laranja, conforme divulgado na rodada do último sábado, o critério que diz respeito aos leitos de UTI recebeu a bandeira preta. Ou seja, o risco é considerado altíssimo. O resultado aconteceu justamente devido ao crescimento do número de casos de hospitalização pela doença nos sete dias anteriores ao anúncio da classificação.
Situação semelhante foi constatada na região de Taquara, que na classificação geral permanece com a bandeira amarela. No critério de leitos de UTI, a bandeira é preta, considerando que houve dois novos casos de hospitalização, em comparação com nenhum no levantamento anterior. A região é composta por Araricá, Campo Bom, Dois Irmãos, Estância Velha, Ivoti, Lindolfo Collor, Morro Reuter, Nova Hartz, Novo Hamburgo, Portão, Presidente Lucena, Santa Maria do Herval, São José do Hortêncio, São Leopoldo e Sapiranga.
Entre as principais preocupações está o Hospital Municipal de Novo Hamburgo (HMNH). Pela terceira semana consecutiva, apresenta lotação nos 20 leitos de UTI. A taxa de lotação de UTI do Hospital Sapiranga é de 91,7%. Nos hospitais Lauro Reus, de Campo Bom, e Centenário, de São Leopoldo, ambos têm 70% de leitos com pacientes internados.
A ex-titular da Secretaria Estadual de Planejamento, Governança e Gestão (Seplag), agora coordenadora do Comitê de Dados do governo, Leany Lemos, destaca que os índices podem representar piora no quadro geral da região nas próximas análises do distanciamento. "São pontos de alerta que as autoridades locais precisam monitorar com urgência. Se esses indicadores seguirem na cor preta é alta a probabilidade de mudança na cor da bandeira nas próximas atualizações", afirma. Isso já não ocorreu no último sábado em função da região ter conseguido manter estabilidade nos demais indicadores.
Além disso, o Estado explica que o critério dos leitos de UTI também considera a estrutura hospitalar da macrorregião metropolitana de Porto Alegre. "É que mesmo diante de um cenário de ocupação acima de 90% dos leitos de UTI, a proximidade com a capital permite a transferência dos casos mais graves quando houver necessidade", pontua. Na macrorregião, ontem à tarde a ocupação estava em 74%, média que vem se repetindo nos últimos dias. Já no Estado, no início da semana o governador Eduardo Leite ressaltou que foi atingido o maior índice de UTIs ocupadas devido a casos confirmados ou suspeitos da Covid-19: 23,9%.
