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Notícias | Especial Coronavírus Entrevista

Profissionais do Hospital Regina explicam as formas de atendimento durante a pandemia

Durante o programa Ponto e Contraponto da Rádio ABC, é ressaltada a importância de manter o acompanhamento da saúde mesmo

Por Susi Mello
Publicado em: 30.07.2020 às 12:44 Última atualização: 30.07.2020 às 14:25

Programa Ponto e Contra Ponto desta quinta-feira foi apresentado do Hospital Regina Foto: Éderson Canalle/ GES-Especial
Desde que começou a pandemia, o Hospital Regina vem desenvolvendo ações para garantir a segurança do atendimento às pessoas com Covid e com outras doenças, mantendo equipes protegidas e, especialmente, preparadas para atendimento a todo perfil de pacientes. No entanto, asseguram profissionais da saúde do hospital, muitos pacientes deixaram de procurar atendimento por receio do novo coronavírus, mas garantem que é importante manter o acompanhamento da saúde. Essas foram as principais questões abordadas no programa Ponto e Contraponto, da Rádio ABC 103.3, nesta quinta-feira (30) pela manhã, no Hospital Regina.

Mediado pelo jornalista João Carlos Ávila, com a participação de Cláudio Brito, o programa foi dividido em dois blocos. Médicos e enfermeiras abordaram como foi a preparação da estrutura e equipes para enfrentar esse momento de pandemia, como estão os atendimentos para pacientes com e sem Covid e como o novo coronavírus se comporta.

A estrutura e treinamento foram abordadas pela gerente assistencial e a coordenadora de emergência, as enfermeiras Sandra Moraes e Fernanda Gelcich, abordando a preparação das equipes para esse momento de pandemia. Fernanda explicou que em março, foi montado um comitê de enfrentamento ao Covid-19. "A nossa maior preocupação foi conseguir estruturar uma área física para o atendimento exclusivo desses pacientes que chegariam na porta de entrada. Em dez dias, o comitê se reuniu diariamente e, com a força de trabalho de todos envolvidos, conseguimos estruturar a nossa unidade respiratória integrada, que hoje é a unidade de entrada do paciente Covid no hospital", sintetiza.

Capacitação
A proteção das equipes também foi abordada. Sandra explica que foi realizado um trabalho forte na capacitação e esse foco continua ocorrendo hoje. Ela exemplificou que até na paramentação e desparamentação dos funcionários houve uma preocupação, com treinamento com vídeos e treinamentos presencias com poucos funcionários. Atualmente, são aproximadamente 150 profissionais para atendimento Covid, com médicos, equipe assistencial de enfermagem, área de apoio, serviço de higienização, nutrição e fisioterapia. "Acho importante que as população não tenha medo. O hospital está preparado para pacientes Covid e continua fazendo atendimento aos demais", sublinha Fernanda.

Confira a entrevista completa

Atendimento para outras doenças

O atendimento a outras doenças também foram abordadas no programa. O neurologista Felipe Cecchini salienta que outras doenças, como cardiovascular e neurológica, precisam receber atendimento. Ele recorda que, no primeiro momento da pandemia, pessoas com outras doenças tinham medo de procurar por atendimento, o que ocasionou queda de atendimentos. No entanto, frisa, as doenças continuam acontecendo e os pacientes devem ir ao hospital. "A pessoa tem que perder o medo de procurar o hospital. as emergências estão estruturadas em questão de segurança, não existe disseminação da doença na emergência para quem não tem doença", sublinha
O cardiologista Leandro Roese frisa que pacientes que infartaram, que têm hipertensão de longa data, devem continuar procurando atendimento nos consultórios e ambulatórios. "Os pacientes continuam com medo, mas a gente vê mais pacientes indo no "Bourbon" do que no consultório da gente", compara.

Exames devem ser feitos

A oncologista Daniela Lessa, que participou do programa também, salienta que ainda é tempo de pacientes com câncer realizarem exames, que não foram feitos neste ano.
Ela exemplificou que nos últimos dois anos, nos Estados Unidos, foram registradas 10 mil mortes de pessoas com câncer de colo e mama, por falta de exame. Embora no Brasil, não tenha esse dado, a oncologista demonstra preocupação com pacientes que não estão fazendo exames. Ela aponta que no Hospital Regina se manteve o ambiente seguro e buscou-se evitar a descontinuidade dos tratamentos. "Os que fazem tratamento não podem interrompê-lo sem conversar com médico. O paciente que tem sintomas, especialmente sem causa específica e se mantêm por mais de duas semanas, deve buscar atendimento. E quem está com exames em atraso comece a remarcá-lo porque a situação vai longe. As pessoas precisam cuidar da sua saúde independente da Covid", reforça.

A transmissão e testes de Covid-19

A transmissão do Covid-19 e a eficácia dos testes do novo coronavírus foram abordadas pelo infectologista Ricardo Siegle. Na primeira situação, o especialista frisou que o vírus entra no organismo por meio de gotículas respiratórias. "A via de entrada é via respiratória e ele causa infecção na garganta, avança ao pulmão e gera reação e leva a uma inflamação", explica. Segundo Siegle, é o nível de inflamação que vai definir a gravidade. "Dá para comparar a uma pessoa que leva uma picada de formiga no pé. Têm pessoas que nem percebe e outras ficam com pé inchado", compara, destacando que a gravidade dos casos dependem de como as pessoas reagem com seus sistemas imunológicos. Siegle ainda destacou que para detectar a doença deve ser feito o teste PCR e para saber se já teve doença pode fazer o teste sorológico.

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