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A fornecedora, por meio de entrevista concedida pelo engenheiro responsável, Cleiton Volpi, garante que os respiradores possuem as especificações técnicas necessárias para serem utilizados, inclusive, em qualquer um dos estágios da doença. “A máquina é projetada para atender pacientes ou até doenças mais graves do que a própria Covid”, explica.
Além disso, o engenheiro sinaliza que a empresa nem sequer foi contatada pela Prefeitura de Novo Hamburgo. Por outro lado, a Leistung frisa que está aberta a sanar qualquer dúvida com relação aos equipamentos. “Nenhum dos canais oficiais da empresa foi utilizado para nos solicitar qualquer tipo de esclarecimento (ou), talvez, por alguma própria dificuldade no manuseio da equipe", diz. O técnico até cita que pelo fato de o coronavírus ser um elemento novo, pode ocasionar um certo receio maior, mas, "não há sentido nenhum o que estão alegando de que a máquina não teria capacidade de atender os pacientes”, pontua.
Volpi ressalta que eventuais limitações técnicas poderiam ser registradas em respiradores de transporte ou utilizados em resgate. Porém, estes fornecidos ao governo federal são indicados para utilização em pacientes em terapia intensiva. O engenheiro classifica as afirmações prestadas pela Prefeitura como “infundadas”. “Não tem fundamento clínico ou científico falar isso”, complementa.
De acordo com o responsável técnico, a máquina foi projetada para atender desde idosos a pacientes em estágio crítico. “Fizemos um contrato grande com o Ministério da Saúde e exportamos para mais de 40 países. Nunca tivemos nenhum tipo de reclamação quanto a não atender algum tipo de paciente. Só aqui no Brasil, durante a pandemia, temos milhares de equipamentos entregues ao Ministério”, acrescenta ao enaltecer que a empresa tem mais de 20 anos de atuação e tem seus respiradores nos principais hospitais do País, como o Albert Einstein, em São Paulo.
Resposta do Estado
Depois de o secretário de Saúde de Novo Hamburgo ter questionado a eficiência dos respiradores, nesta terça-feira (23) a Secretaria Estadual de Saúde (SES) emitiu posicionamento assegurando que as demais cidades do Rio Grande do Sul beneficiadas pelos equipamentos não questionaram a potência dos respiradores. Apesar disso, a pasta sugeriu a elaboração de laudos com objetivo de medir a capacidade de funcionamento dos itens.
