Com adaptações, escola atingida por incêndio em Novo Hamburgo volta às aulas
Parte do prédio foi danificada e a instituição de ensino do bairro São Jorge ficou sem aulas por três dias
As aulas da Escola Municipal de Educação Básica (Emeb) Presidente Prudente de Moraes, no bairro São Jorge, em Novo Hamburgo, voltaram nesta segunda-feira (19), depois de algumas adaptações nos espaços atingidos pelo fogo que destruiu, na terça-feira (13) da semana passada, a empresa de borrachas ao lado da instituição.
Para substituir o refeitório e continuar servindo almoço e lanche para as crianças, uma Igreja em frente à escola cedeu a cozinha para que as merendeiras pudessem preparar o alimento da criançada. Além disso, durante o trajeto até o espaço, uma agente da Guarda Municipal fica nas dependências da escola e realiza a travessia dos estudantes.
Estudantes comemoram o retorno à escola
As amigas Mayla Fetter, 13 anos, e Jéssica Boch Gazola, 13, contam que ficaram assustadas com o fogo, e que pensaram que a escola havia sido seriamente atingida. “Fiquei muito preocupada, achei que não conseguiria mais estudar. Nós gostamos de vir para a escola, de conviver com os colegas. Não aguentava mais ficar em casa”, desabafa Mayla.
Agora, a turma das estudantes está tendo aula na biblioteca, já que a sala está interditada por conta do forro. “Tomara que fique pronto logo. Mas estou feliz de as aulas terem voltado”, finaliza Jéssica.
Rotina adaptada
A escola recebeu geladeira, mesas novas para as crianças, pratos e talheres. O recreio, que antes era um só para todos os alunos, foi dividido em dois, de 15 minutos cada um. Apesar dos estragos, a escola conseguiu se organizar para que as crianças não fossem tão afetadas. “A gente chega de manhã e vai para outro espaço. Para eles também é uma rotina diferente. Mas tudo vai se adaptando, vai dando certo”, diz a merendeira Neiva Barbosa Pinto.
Ela avalia de forma positiva o primeiro dia de volta às aulas. “Para o primeiro dia, foi tudo sob controle. As crianças chegaram entendendo. Estavam preocupadas se as salas estavam funcionando”, conta. Além do refeitório adaptado, o cardápio também foi revisto, já que precisaram mudar o ambiente de preparação.
Biegler diz que os pais também se preocuparam com a situação da escola. “Nós conversamos com eles hoje, explicamos tudo, que vamos recuperar os três dias que não tivemos aula. Todos saíram satisfeitos”, afirma. A instituição existe há quase 60 anos no bairro e, assim como relata o diretor, a comunidade tem muito carinho. “É um ponto de encontro para todos."