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Notícias | Região Política na região

Prefeito Wiliam Winck é cassado em Lindolfo Collor

Câmara de Vereadores decidiu que o prefeito cometeu infração político-administrativa

Por João Victor Torres
Publicado em: 01.11.2019 às 23:30 Última atualização: 23.12.2019 às 16:53

Winck com os advogados durante julgamento Foto: João Victor Torres / GES-Especial
Foram 14 horas de julgamento na Câmara de Lindolfo Collor nesta sexta-feira (1º). Uma sessão com movimentações nos bastidores políticos, pausas, interrupções e marcada pela tensão. Na Tribuna, parlamentares, assessores jurídicos e advogados se revezavam seja na leitura integral do processo de impeachment contra o prefeito Wiliam Winck (PP) ou apresentar argumentos favoráveis ou não ao progressista.

Apesar disso, a maioria dos parlamentares votou pela cassação do político e, automaticamente, quem assume a prefeitura é Gilmar de Quadros (PT), que era vice de Winck, e agora é o novo prefeito de Lindolfo Collor.

Com minoria no Legislativo, o progressista sabia que estava diante de uma batalha praticamente perdida. “Se sair, vou deixar a prefeitura de cabeça erguida”, disse em entrevista antes mesmo da decisão do Parlamento. Como última mensagem aos parlamentares, o prefeito pediu desculpas se, de sua parte, faltou diálogo com o Legislativo. Emocionado, lembrou os momentos que passou durante o período do processo. “Por mais dolorido que foram esses 90 dias, tudo serve de lição. Quem sabe, é o momento de sentarmos e mudarmos”, complementa.

Os advogados Vanir de Mattos e Luciano Manini, que defendem o agora ex-prefeito, asseguram acionar a Justiça para contestar a decisão tomada pela Câmara de Vereadores e tentarão reconduzi-lo ao cargo. “Wiliam retornará à prefeitura”, garantiu Vanir.

A Comissão Processante emitiu relatório indicando a cassação de mandato do chefe do Executivo colorense. O procedimento para análise do impedimento foi instaurado em agosto deste ano, após denúncia encaminhada por quatro partidos políticos (MDB, PTB, PRB e PT). Ao todo, foram dois itens que motivaram as legendas a ingressar com o pedido de impeachment, a falta de repasse integral do duodécimo à Câmara e gastos acima do limite previsto em lei com folha de pagamento.

As infrações

De acordo com o parecer, Winck cometeu três infrações. A primeira, impedir o funcionamento regular da Câmara. Já a segunda, no entender do Legislativo, foi descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro do referido ano (2019). A terceira, praticado ato contra expressa disposição da lei, de sua competência ou omitir-se de sua ação.

Inicialmente, Winck escapou da primeira acusação, já que ela foi considerada infração por apenas cinco parlamentares. Porém, não escapou das duas seguintes. Seis vereadores foram favoráveis à cassação do segundo e terceiro itens, entre eles, Rejane Amaral (PTB), Ademir Altair Rader (PT), Alcides de Quadro (PT), Arno Müller (MDB), Márcio Luís Cardoso (MDB) e Marcos Schumann (PRB) em relação à segunda infração. Já a bancada do PP, formada por Gilnei Gilmar Prass e Alcírio Wiedthauger, foi contra. Além de Diogo Lopes (PTB), que se absteve na segunda e foi contrário à terceira. Com isso foram atingidos, e até mesmo superados, os dois terços necessários para Winck perder o cargo.

 

Posse ao novo prefeito ocorre ainda nesta noite

Gilmar, vice-prefeito de Lindolfo Collor Foto: João Victor Torres / GES-Especial
Concluído o julgamento de Wiliam Winck, a Câmara emitiu decreto legislativo oficializando a decisão tomada pelo Parlamento colorense, ou seja, confirmando a cassação do progressista. Logo na sequência, o presidente do Legislativo Márcio Cardoso (MDB) determinou a abertura de nova sessão para dar posse a Gilmar de Quadros (PT) como prefeito do município. A partir desta sexta-feira, o petista responde pelo Executivo local até o final do próximo ano.

Quadros acompanhou a sessão de julgamento ao lado da população e ocupou lugar na primeira fileira. Além disso, permaneceu em silêncio durante todo o tempo e esteve acompanhado de correligionários do Partido dos Trabalhadores.

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