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Nova alta no preço dos combustíveis deve chegar hoje às bombas

Valores usados para calcular o ICMS a ser recolhido sobre a gasolina, diesel e etanol aumenta a partir de hoje no Estado; só o GNV se mantém estável

Por Bianca Dilly
Publicado em: 16.03.2021 às 03:00 Última atualização: 16.03.2021 às 07:35

Sulpetro afirma que repasse depende de cada posto Foto: Inézio Machado/GES
Após seis aumentos no litro da gasolina e cinco no do diesel desde o início do ano nas refinarias da Petrobras, a partir de hoje outra alta pode chegar às bombas e, consequentemente, ao bolso do consumidor. São os preços de pauta dos combustíveis que sobem até cerca de 6,5% no Estado, conforme o Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes (Sulpetro-RS). O maior acréscimo é o da gasolina comum, com elevação de 33 centavos.

Os demais combustíveis, como a gasolina premium, diesel S 10, diesel S 500 e etanol, também serão afetados. A exceção fica com o GNV, que se mantém estável. Porém, o Sulpetro afirma que a transferência para as bombas é uma questão individual de cada posto. "Depende se as distribuidoras repassam ou não aos postos o valor, quando repassarão, quais contratos que têm com cada estabelecimento, entre outros", informa, nota.

O preço de pauta é calculado a cada 15 dias e o Sulpetro lembra que o ICMS tem alíquota de 30% no Estado. "O valor da gasolina passará para R$ 5,42 (no caso, serão recolhidos 30% de ICMS sobre este valor), que é a média cobrada nos postos no RS a partir de pesquisa da Receita Estadual com as notas fiscais eletrônicas", acrescenta. Neste caso, o valor do tributo pode subir 10 centavos por litro.

Para o presidente do sindicato, João Carlos Dal'Aqua, dois fatores estão em análise neste momento. "O setor espera que a nova diretoria da Petrobras sinalize qual será o rumo efetivo a ser tomado pela companhia. E o segmento espera também uma estabilização do preço do dólar - que possa cair, e não subir ainda mais", frisa.

Gasto aumentou 30,5%

De casa até o trabalho, o controller Nilson Silva, 39 anos, gastava em média 17 reais de combustível por dia em dezembro. Agora, o valor já saltou para R$ 22,36. "O que representa 30,5% a mais de despesas por mês. Isso realmente impacta, porque, se somar, em um ano pagaria o IPVA ou o seguro do carro só com os aumentos", calcula.

Em função da pandemia, ele também teve que reorganizar a rotina e, mais uma vez, sentiu no bolso. Para economizar, ele busca algumas alternativas. "Desligo o ar condicionado pela manhã", exemplifica.

Valores e perspectivas

O preço de pauta da gasolina comum passa hoje de R$ 5,0898 para R$ 5,42, enquanto que a premium sobe de R$ 7,3826 para R$ 7,6717. O diesel S 10 vai para R$ 4,1494 e o S 500 a R$ 4,0972. O etanol chega a R$ 4,7727 e o GNV teve uma leve queda, de R$ 3,9068 passa a R$ 3,9010.

Só em relação às altas que vieram das refinarias, a gasolina e o diesel estão, respectivamente, 54% e 40% mais caros neste ano. O litro médio da gasolina custava, em dezembro do ano passado, R$ 1,84. Com o reajuste mais recente, da última semana, já chega a R$ 2,84, enquanto que o diesel bate R$ 2,86 por litro.

Também na última semana, a pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) identificou o litro da gasolina comum variando de R$ 5,479 a R$ 5,699 em Novo Hamburgo. Só que nos últimos dias teve posto baixando para R$ 5,29 na região - tradicional efeito estilingue, que já denunciava nova alta para a sequência.

"Por enquanto, não há expectativa de queda no preço do barril do petróleo, que é uma commodity e, por este motivo, não é possível fazer previsões. No mais, é torcer para que todos possam superar este momento", pontua Dal'Aqua.


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