A comunidade de Montenegro recebeu uma notícia que era aguardada há décadas. Na última segunda-feira, foi anunciada a implantação das duas rótulas e ruas laterais junto à RSC-287. São 40 anos de espera para que os acessos sejam concluídos e impulsionem o desenvolvimento da região. A expectativa de que a obra finalmente vai ocorrer veio com a publicação no Diário Oficial do Estado, no início desta semana, do edital para contratação de empresas que deverão executar as obras.
Duas rotatórias serão instaladas na Rua Ramiro Barcelos e na Rua Coronel Antônio Inácio, no acesso aos bairros Santo Antônio e Panorama (veja fotos dos locais abaixo).
Na área não há empreendimentos turísticos, mas o trecho é utilizado para o escoamento da produção e ligação direta entre os Vales do Caí e Sinos. "São os dois bairros mais antigos de Montenegro e com o avanço da rodovia eles ficaram mais afastados. Com a implementação das rótulas, além de segurança, estamos falando em desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda para a região", pontua o gerente de Contratos e Convênios do município, Sílvio Kaél.
As propostas devem ser abertas dia 11 de abril, às 14 horas, e o valor total de investimento nas obras será de R$ 8 milhões, recursos que virão diretamente dos cofres do Estado, através da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), e não mais da prefeitura, como estava programado inicialmente.
"As rotatórias vão agilizar o fluxo de veículos, permitindo uma trafegabilidade com menos congestionamentos. Além disso, reforçarão a segurança dos condutores e pedestres que diariamente utilizam o trecho", explica diretor-presidente da EGR, Luiz Fernando Záchia.
De acordo com levantamento da Prefeitura de Montenegro, embora não existam dados oficiais, estima-se que cerca de cem pessoas perderam a vida no perímetro urbano da rodovia nos últimos 40 anos. "Estamos lutando há muitos anos e eu espero, assim como a comunidade, que não fique apenas no ato político como em tantos outros que já participei, mas que atenda ao nosso desejo de não ver mais vidas perdidas naquele trecho", ressaltou Airton de Quadros, presidente da União Montenegrina das Associações Comunitárias (Umac).