Sequestrador morto pela Polícia levou filho de quatro anos para cativeiro em Portão
Empresário de Canoas ficou amarrado, amordaçado e encapuzado por um dia até ser resgatado pelo Deic, que matou dois criminosos
Um dos dois sequestradores mortos pela Polícia no cativeiro de empresário na zona rural de Portão, na noite desta terça-feira (27), estava com um filho de quatro anos no local do crime. Apenado em prisão domiciliar, tinha rompido a tornozeleira eletrônica. Foi identificado como Anderson de Castro Rodrigues, 34, morador de São Leopoldo. O corpo dele e do comparsa, que não teve nome informado, foram removidos após perícia, já no início da madrugada desta quarta-feira (28). O empresário, que é de Canoas, foi libertado em estado de choque.
"Assim que chegamos, nos receberam a tiros e revidamos", relatou um agente do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). Os policiais entraram em confronto e mataram a dupla que vigiava a vítima em um galpão. Amordaçado, encapuzado e amarrado, o empresário foi libertado. Em uma casa ao lado, além do filho de um dos mortos, havia outro menino.
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Quadrilha alugou sítio
O sítio, na Rua Vereador Antônio Rodrigues da Rosa, na localidade de Socorro, teria sido alugado pela quadrilha para o sequestro do empresário. Segundo o delegado de Roubos e Extorsões do Deic, João Paulo de Abreu, a vítima foi arrebatada em Canoas na segunda-feira e levada direto para o cativeiro, onde permaneceu sob tortura física e psicológica até por volta das 21h30 de terça, quando a equipe do Deic chegou ao local.
A família já era contatada pelos sequestradores, que exigiam R$ 500 mil pelo resgate. Na propriedade foram apreendidas as armas usadas pelos sequestradores, dois automóveis (um Audi e um Clio rebaixado) e duas motos. Os veículos, segundo a Polícia, não eram roubados. "Só aluguei o sítio. Não sabia de nada", disse o dono do imóvel. O Deic segue com a investigação para identificar outros membros da quadrilha sediada no Vale do Sinos.