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Notícias | Região CICLONE EXTRATROPICAL

Após chuvas, mil pessoas estão desabrigadas em Lindolfo Collor

Cidade segue sem energia e sinal de internet. Prefeitura pede doações de itens de limpeza

Publicado em: 17.06.2023 às 19:21 Última atualização: 17.06.2023 às 19:22

Depois de chover cerca de 210mm de quinta-feira (15) até a sexta-feira (16) em Lindolfo Collor, o sábado (17) foi de verificar a situação das residências atingidas pela enchente que deixou parte do município inundado. Em torno de mil pessoas estão desabrigadas e alguns pontos da cidade seguem sem energia elétrica e sem sinal de internet. Os bairros mais afetados foram o Picada 48 Baixa, o Centro e a localidade de Capivarinha.

São cerca de 250 famílias que precisaram ser retiradas de suas casas. Conforme a secretária de Administração e Desenvolvimento, Ana Paula Fuchs, as vítimas atingidas pela cheia foram levadas para quatro alojamentos, sendo duas igrejas e duas associações, localizadas no bairro Boa Vista e Picada 48 Baixa. Outras pessoas também foram para casa de parentes e amigos.


Nos alojamentos estão sendo distribuídos alimentos, roupas e itens de higiene. No entanto, no momento o que mais se precisa são materiais e produtos de limpeza. “Roupas e alimentos já temos muitas coisas estocadas. O que essas famílias precisam agora são produtos de limpeza para organizarem suas casa”, afirma a secretária de Administração e Desenvolvimento.

A cidade preparou três pontos de coleta de doações, sendo a Associação dos Moradores do Bairro Boa Vista (Rua José Feldmann, 3099, bairro Boa Vista), a Escola Estadual de Ensino Médio Walter Herrmann (Avenida Capivara, 2090, bairro Centro) e a Escola Municipal de Ensino Fundamental Meno Dhein (Rua Nova Prata, 101, bairro Feldmann). Segundo Ana, a prefeitura pretende publicar um decreto de calamidade pública até o domingo (18), no entanto, a sede da prefeitura também foi afetada pela enchente.

De acordo com o fiscal da Defesa Civil, Alan Joel Gehm, mesmo que lentamente, a água está baixando. O Rio Feitoria, que passa pela região, cresceu cerca de 10 metros acima do nível normal, conforme ele. Dezenas de pessoas precisaram ser retiradas de suas moradias por helicópteros do batalhão de aviação da Brigada Militar, entre elas a família de Rosa Vargas, 40.

Moradores do bairro Centro, Rosa e o esposo, Altamiro Vargas, 46, além do filho Cairon Vargas, 13, a mãe de Rosa, Maria Arnold, 70, e a cachorrinha da família, Xuxa, acordaram ilhados na manhã de sexta-feira. “Estava tudo submerso. Tem geladeira, freezer e máquina de lavar”, relata Rosa. Ela contou que acordou por volta das 4 horas e a água já estava entrando dentro de casa. ”Começou a subir muito rápido e a gente não teve como sair”, relembra.

Aproximadamente 200 famílias perderam tudo o que tinham, segundo um levantamento extra-oficial feito pelo município. Desempregado, Vanderlei Mauri Schmitz, 49, precisou sair às pressas de casa com a mãe idosa e portadora de Alzheimer. Da casa onde ele morava só se dava para avistar o telhado, perdendo tudo o que tinha levado uma vida para construir. “Eu vi que a água estava subindo muito rápido. Em questão de 1 hora, estava tudo alagado dentro de casa. Enchente como essa eu nunca vi”, relata.
Vanderlei  vivia na casa azul, que foi tomada pela água
Vanderlei vivia na casa azul, que foi tomada pela água Foto: Júlia Taube/GES-Especial

Segundo Gehm, na próxima semana a prefeitura iniciará uma campanha para o recebimento de móveis que serão doados para as famílias afetadas.

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