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Entenda por que o inverno de 2023 é o primeiro em quatro anos com queda nos casos de Covid

Desde o surgimento do vírus, essa será a primeira estação de baixas temperaturas na qual não há uma onda alta de registros da doença no Vale do Sinos

Publicado em: 25.07.2023 às 07:26 Última atualização: 25.07.2023 às 07:27

Bastava um espirro ou uma tosse para que os olhos se voltassem para a pessoa. Era o receio de estar próximo de alguém com sintomas da Covid-19. Esse comportamento esteve presente com maior intensidade no inverno de 2020, 2021 e 2022, porém a estação mais fria apresenta uma nova realidade este ano.


Entenda por que o inverno de 2023 é o primeiro em quatro anos com queda nos casos de Covid | Jornal NH
Entenda por que o inverno de 2023 é o primeiro em quatro anos com queda nos casos de Covid Foto: Agência Brasil

Desde o surgimento do vírus da Covid-19, essa será a primeira estação de baixas temperaturas na
qual não há uma onda alta de registros da doença no Vale do Sinos. Conforme o boletim mais recente
do Laboratório de Microbiologia Molecular (LMM) da Universidade Feevale, há uma queda no número de casos, comparativamente ao mesmo período de anos anteriores.


Fernando Spilki | Jornal NH
Fernando Spilki Foto: Divulgação

Ao avaliar dias de julho, o virologista e pró-reitor de Pesquisa, Pós-graduação e Extensão da Universidade Feevale, Fernando Spilki, informa que em 2020 chegou a ter 1.942 casos registrados na semana do dia 31. No ano seguinte, no dia 30 de julho baixou para 654 casos e no dia 15 de julho de 2022 pulou para 1.130. Já neste mês, apenas 27 casos foram registrados em 2023.

No painel Coronavírus RS da Secretaria Estadual de Saúde, em todo Estado foram 52.350 casos confirmados em julho de 2020. No mesmo período de 2021 foram 50.502 e em 2022, 87.972. Até o momento, em julho deste ano são 656.

Preocupação menor

Clínico geral da Unidade Básica de Saúde (UBS) Santo Afonso, Rogério Stamm da Rocha Filho tem a percepção de estabilização nos casos de Covid-19 neste período do ano. "Os sintomas são similares em alguns casos com o resfriado comum e a confusão da população pode ocorrer. Me parece ter reduzido também a preocupação das pessoas em relação à infecção por Covid-19 após a vacinação, até pela redução de casos graves. Isso gera uma queda na procura por atendimento e testes."

Menos internações

A Fundação Saúde Novo Hamburgo reforça os números de queda no Estado e Vale dos Sinos. "Quanto a comparativo, no auge da pandemia, eram cerca de 30 (casos) por dia e hoje temos um ou dois por semana", informa a FSNH.

Coordenadora da Enfermagem do Hospital Municipal de Novo Hamburgo, Jalusa Lobel frisa que todos os pacientes que internam na instituição fazem o exame da Covid, independentemente de sintomas ou não. "Se positivo, são isolados", acrescenta.

Etiqueta respiratória deve continuar

A vacinação é citada como principal fator para a queda no volume de casos da Covid-19. "Há mais pessoas vacinadas, porém os esforços do diagnóstico baixaram", salienta Spilki, referindo-se tanto aos municípios quanto ao próprio esforço individual em buscar diagnóstico.

Técnica do Núcleo de Doenças Respiratórias do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs/RS), Leticia Martins reforça a observação do virologista. "A vacina gerou tanto a redução em casos como óbitos."

Spilki e Leticia recomendam que as pessoas usem máscaras, lavem as mãos e evitem a circulação em casos de sintomas. "Essas medidas que aprendemos na pandemia de forma bastante intensa tem que se incorporar à rotina", salienta a técnica.

Susi Mello

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