Publicidade
Notícias | Região ENFRENTANDO O PERIGO

CATÁSTROFE NO RS: Moradores se arriscam em áreas inundadas pelo Rio dos Sinos

Conforme Defesa Civil, apenas cinco das 70 famílias que residem na localidade saíram de casa em Sapiranga

Publicado em: 08.09.2023 às 12:44 Última atualização: 08.09.2023 às 13:17

Com água que chega a bater na altura da cintura em alguns pontos, moradores do bairro Porto Palmeira, em Sapiranga, se arriscam ao atravessar uma área inundada pelo transbordo do Rio dos Sinos.

Na manhã desta sexta-feira (8), a reportagem do Jornal NH flagrou dois moradores saindo da localidade, pela Rua Presidente Kennedy, em meio à água.


Ivoni Valdir Machado Lima, 53 anos, decidiu encarar a enchente no Porto Palmeira, em Sapiranga, para ir trabalhar | Jornal NH
Ivoni Valdir Machado Lima, 53 anos, decidiu encarar a enchente no Porto Palmeira, em Sapiranga, para ir trabalhar Foto: Isaías Rheinheimer/GES-Especial

O motorista Ivoni Valdir Machado Lima, 53 anos, foi um deles. “Precisamos encarar essa água para tirar o sustento da família, não dá pra ficar parado”, foi logo avisando quando chegava na parte seca da rua.

O morador conta que passou pelo Vale do Taquari no início da semana e pôde ver de perto o cenário de destruição nas cidades de Roca Sales e Muçum. “Aqui tá brabo, mas lá está dez vezes pior, que tristeza”, colocou.

 

Publicidade

Quem também arriscou atravessar foi a dona de casa Vera Lúcia Graminho, 58. Com um macacão impermeável até a altura do peito e bota acoplada, Vera conta que precisava resolver questões domésticas no Centro e, por isso, decidiu encarar a enchente.

“Quem mora por aqui e tem condições, compra esse macacão de pesca, pois é comum ter que enfrentar a cheia”, explica.

Embora os moradores já estejam habituados com a situação, a Defesa Civil alerta para os riscos dessa travessia. “Não podemos negar que é perigoso, mesmo que todos já estejam acostumados com isso”, expõe Sírio Baum.

O coordenador do órgão conta que não há como prever as condições desse trecho da rua quando está submerso. “Podem ter buracos ou outros obstáculos que podem causar acidentes”, pontua.

Apenas cinco famílias deixaram suas casas

Apenas cinco das 70 famílias que residem no Porto Palmeira aceitaram a ajuda da prefeitura e foram para o abrigo. As demais seguem nas suas casas, apesar de a água bater à porta.

Esses moradores contam com a ajuda da Defesa Civil para sair de casa. “De manhã buscamos estes moradores, de barco, para que possam ir ao trabalho ou à escola e, à noite, levamos todos de volta aos seus lares”, explica Baum.

Na tarde desta sexta-feira, a Defesa Civil e a Assistência Social irão levar mantimentos aos moradores da localidade. A previsão é de que o rio recue totalmente apenas na próxima terça-feira (12).

Gostou desta matéria? Compartilhe!
Encontrou erro? Avise a redação.
Publicidade
Matérias relacionadas
Botão de Assistente virtual