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"Estamos cruzando informações de bancos de dados para garantir que a remessa que vai chegar atenda aqueles que precisam completar o esquema vacinal", informou em nota o governo do Estado.
"O quantitativo deve quase atender a demanda em sua totalidade. Será um grande avanço", completou o presidente do Cosems/RS e secretário municipal de Saúde de Canoas, Maicon Lemos.
Esse lote é parte das 2,8 milhões de vacinas entregues pelo Instituto Butantan desde sexta-feira ao Ministério da Saúde. A data de entrega ainda não foi definida. Além da CoronaVac, serão enviadas ao Rio Grande do Sul mais 141.570 doses da vacina da Pfizer.
Esta é segunda remessa a ser enviada ao governo federal após retomada da produção da vacina, que chegou a ser paralisada em maio por conta da falta de matéria-prima.
No final do mês passado, o Butantan voltou a receber o insumo e conseguiu retomar o envase do imunizante.
Hiato
O Rio Grande do Sul não recebia novas doses de CoronaVac desde o dia 19 de maio, quando chegaram ao Estado 251.200 unidades do imunizante. A estimativa, na ocasião, era de zerar a fila de espera para a D2, o que não ocorreu.
Conforme a SES, alguns problemas podem ter atrapalhado a contagem, como falhas nos registros e até migrações de pessoas entre municípios. É o caso quando a pessoa tomou a primeira dose em um lugar e agora precisa tomar a D2 em outro.
A Secretaria Estadual de Saúde informa que desde janeiro distribuiu 1.647.470 doses de CoronaVac para a aplicação da primeira dose em grupos prioritários.
Para segundas doses, a Secretaria afirma que foram entregues 1.650.580 vacinas. Pelo cronograma do Ministério, cinco milhões de unidades devem ser liberadas pelo Instituto Butantan ao longo deste mês. Ainda não há data.
Com o novo lote, o Instituto totaliza 50 milhões de doses enviadas ao Programa Nacional de Imunização (PNI) desde o início do ano, o que corresponde à metade do total estabelecido nos dois contratos com o governo federal.
Ontem, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um alerta sobre a disseminação de variantes da Covid-19, o Rio Grande do Sul também registrou uma morte de nova cepa.
Ao longo do dia, foi noticiado que um paciente de Itaqui, de 23 anos, morreu dias após confirmação de contaminação pela variante C37 da Covid-19, apelidada de "variante andina". Trata-se de uma cepa peruana, e a vítima teria contraído na Argentina. O jovem estava internado em Porto Alegre, para onde foi transferido.
OMS avisa
A líder técnica da resposta à pandemia de Covid-19 da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria Van Kerkhove, afirmou que a variante delta, identificada pela primeira vez na Índia, circula em mais de 80 países atualmente. Em sessão virtual de perguntas e respostas da OMS sobre a covid-19 nesta quarta-feira, 16, a líder reforçou a necessidade de testes e sequenciamento para que se identifique a presença da variante.
"Para cada caso que vemos, estamos perdendo de 5 a 100 que não são notificados, então precisamos de testes", disse Kerkhove.
Ontem, também, o Instituto Butantan divulgou resultados de pesquisa que apontam a circulação de 19 variantes do novo coronavírus no Estado de São Paulo. A variante de Manaus predomina, mas há registros de uma do Reino Unido.
Ontem foram enviadas para as Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) 62.470 doses da vacina Astrazeneca/Fiocruz. Elas serão aplicadas na segunda dose de pessoas que receberam a primeira há 12 semanas.
As vacinas estavam reservadas na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadi), em Porto Alegre.
Foram distribuídas também as doses da vacina contra a gripe para a terceira fase da campanha, iniciada em 9 de junho. Nesta etapa, podem se vacinar contra a Influenza pessoas com comorbidades, com deficiência permanente, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo, portuários, forças de segurança e salvamento e forças armadas.
