O que esperar do ciclone que passa pelo Rio Grande do Sul nesta sexta-feira

O ciclone que se formou entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai durante a madrugada deixa o tempo instável nesta sexta-feira (21). Meteorologistas afirmam que o fenômeno não será muito intenso e que não há previsão de "riscos maiores" aos moradores do território gaúcho. 

"Sistemas ciclônicos são bastante comuns em nosso clima e o diferencial deste é que se forma sobre o continente na altura do Rio Grande do Sul, mas sem maior intensidade", descreve a MetSul Meteorologia.

O centro de baixa pressão que deu origem ao ciclone tem influenciado o tempo desde ontem no Rio Grande do Sul. Uma frente fria associada ao fenômeno climático avança pelo Leste do Paraná, São Paulo, parte de Goiás e o Triângulo Mineiro após ter causado temporais no Mato Grosso do Sul.

No RS, nas últimas horas, maiores volumes de chuva ocorreram somente na fronteira com o Uruguai, na Camapanha e no Sul gaúcho.

TEMPO | Bom dia e o desejo de uma ótima sexta-feira. Vórtice ciclônico sobre o Rio Grande do Sul e a frente fria associada sobre o Paraná e São Paulo. Veja o que esperar em https://t.co/qRjZPIsteN. pic.twitter.com/6osialhd9y

— MetSul.com (@metsul) October 21, 2022

Chuva

O ciclone atuará sobre o Rio Grande do Sul ao longo do dia e deve migrar do Oeste para o Sul gaúcho. A instabilidade que atinge cidades do Estado hoje não será persistente na maior parte dos municípios e deve se alternar com aberturas de sol e nuvens.

Contudo, as precipitações serão irregulares, com altos acumulados em alguns pontos isolados, especialmente na fronteira com o Uruguai, Campanha e Sul.

Já em cidades da metade Norte, não deve chover.

Região metropolitana

Em Porto Alegre e região metropolitana se espera uma sexta-feira de sol e nuvens com momentos de maior nebulosidade. De acordo com a MetSul, "não se descartando chuva principalmente na segunda metade do dia na capital e área metropolitana."

Vento

Grande parte do RS terá vento fraco ou moderado. As rajadas não devem superar 30 km/ou 40 km/h na maiorida das cidades gaúchas.

A meteorologia prevê que o vento pode ocorrer acompanhando de pancadas de chuva forte pela passagem do vórtice do sistema no Oeste, fronteira com o Uruguai e o Sul gaúcho.

Um dos modelos usados para a previsão aponta chance de um campo de vento moderado a forte, com rajadas de 40 km/h a 70 km/h, se desclocar do Sul gaúcho para a região da Lagoa dos Patos, área de Porto Alegre e depois o litoral norte. 

Outro modelo diz que o Sul e o Leste do Estado é que podem ter vento mais forte com rajadas em alguns momentos, mas sem velocidade muito alta e que ofereça risco significativo de transtornos.