Rio continua subindo e Novo Hamburgo emite alerta; Exército ajuda famílias em Canudos
Nível do Sinos está quase cinco metros acima do normal e cidade contabiliza 351 pessoas em abrigos públicos
Com o Rio dos Sinos 4,74 metros acima do nível normal às 18 horas deste domingo (18), a Prefeitura de Novo Hamburgo emitiu novo alerta no fim da tarde. "O nível do rio continuará subindo nas próximas horas", informa. O Rio Grande do Sul já contabiliza 13 mortes desde sexta-feira (16).
O alerta de que a enchente ainda vai aumentar vale especialmente para moradores da região das vilas Getúlio Vargas, Kipling, Marrocos, Integração e Porto das Taquareiras. Clique aqui e veja como você pode ajudar as famílias atingidas.
A recomendação da Prefeitura é para que os moradores redobre os cuidados e levantem móveis e eletrodomésticos. "Em caso de necessidade, procure um dos abrigos preparados pela Prefeitura", conclui a nota. Há alerta também para risco de leptospirose.
Balanço das 17 horas aponta que 351 pessoas estão abrigadas em espaços públicos de Novo Hamburgo: 104 na Escola Municipal Martha Wartenberg, no bairro Canudos; 104 na Escola Municipal Arnaldo Grin, bairro Santo Afonso; 103 na Base de Ações Comunitárias Integradas (Baci) Santo Afonso; e 40 pessoas na Igreja Merivan em Lomba Grande.
A água que havia tomado vários pontos da Santo Afonso, especialmente na região do Arroio Gauchinho, quase no limite com São Leopoldo, já baixou bastante. Pontos que na tarde de sábado estavam debaixo d'água, neste domingo encontravam-se em situação praticamente normal.
Conforme o alerta da Prefeitura, a preocupação agora é com a cheia do Rio dos Sinos, que historicamente atinge o bairro Canudos, especialmente a porção mais a leste, próxima da várzea do Sinos e da Avenida dos Municípios.
Por volta das 16 horas, dois grupos com sete militares cada chegou ao bairro Canudos para auxiliar especialmente no transporte dos moradores entre suas casas e um local seguro. Segundo a Prefeitura, os militares são do 19? Batalhão de Infantaria Motorizado, de São Leopoldo.
Segundo a MetSul Meteorologia, o ciclone extratropical que provocou chuva histórica e deixou rastro de mortes e destruição no Rio Grande do Sul já está a 3 mil quilômetros da costa, mas seus efeitos ainda persistem no Estado.
"O Vale do Sinos enfrenta a maior enchente em uma década. No fim da tarde deste domingo, a régua do Rio dos Sinos em Campo Bom começava a indicar uma estabilidade do nível com pico em 7,60 metros. Trata-se da maior marca desde a grande enchente de agosto de 2013, quando o nível do Sinos na cidade chegou a 7,86 metros", informou a MetSul.