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Notícias | Rio Grande do Sul DE JUNHO A SETEMBRO

PREVISÃO DO TEMPO: Veja como será o inverno no Rio Grande do Sul

Estação mais gelada do ano começa nesta quarta-feira. Confira ainda a tendência para chuva no RS

Publicado em: 20.06.2023 às 15:06

A população do Hemisfério Sul se despede do outono nesta terça (20) e se prepara para dar as boas-vindas ao inverno na quarta-feira (21) – precisamente às 11h58. Conforme a MetSul Meteorologia, este será o primeiro ano nesta década em que a estação mais gelada estará sob El Niño, após três anos de La Niña.

Os meteorologistas consideram que o inverno meteorológico começou no primeiro dia de junho e termina no último dia de agosto. Nesta quarta começa o astronômico, a partir do solstício.


Inverno de 2023 não deve ser de frio rigoroso. No entanto, deve registrar chuva acima da média
Inverno de 2023 não deve ser de frio rigoroso. No entanto, deve registrar chuva acima da média Foto: Divulgação

Influência do El Niño

O El Niño, que altera o padrão de circulação geral da atmosfera em escala global, afetará o clima durante a estação. O fenômeno foi declarado há poucos dias pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA), dos Estados Unidos, e está em seus momentos iniciais. Com isso, segundo a MetSul, a tendência é que o Oceano Pacífico Equatorial aqueça mais no decorrer da estação e o El Niño se fortaleça.

De acordo com as projeções do site de meteorologia, o evento deve ter seu pico de intensidade no último trimestre deste ano, ou seja, entre a primavera e o verão, quando os efeitos devem começar a ser sentidos com maior força.

Chuva deve ser acima da média

Em todos os anos, o inverno é o período mais chuvoso no Rio Grande do Sul, juntamente com a primavera. Com a presença do El Niño, a tendência é que a estação tenha um aumento das frequência de precipitação, principalmente em sua segunda metade.

Sob influência do fenômeno, aumenta o risco de episódios de chuva excessiva. A MetSul informa que o RS tem diversos precedentes de cheias de rios no inverno, independentemente das condições no Pacífico. No entanto, esses casos tendem a ser mais numerosos e mais gravas em anos que contam com a presença do fenômeno.

Por isso, é altamente provável que o trimestre de inverno – entre junho e agosto – termine com chuva acima da a média na maior parte do Sul do Brasil. Por conta do evento extremo de chuva associado ao último ciclone extratropical que atingiu o Estado entre a última quinta (15) e sexta-feira (16), parte do Rio Grande do Sul já teve metade do que costuma chover durante toda a estação em apenas dois dias.

Há, também, maior probabilidade de temporais

Em anos de Pacífico mais quente do que a média, como se espera nos próximos meses, o número de episódios de temporais deve aumentar. Os episódios podem registrar vento intenso e granizo.

Os meses com maior probabilidade são agosto e setembro, quando se espera maior incidência de ar quente. Segundo a MetSul, são os meses, historicamente, que marcam um aumento na frequência de tempestades de granizo e de vendavais.

Frio não deve ser rigoroso

Quanto à temperatura, a MetSul projeta um inverno sem frio forte persistente. Em anos de El Niño, episódios de frio muito forte não deixam de ocorrer, mas tendem a ser menos numerosos. Assim, a maior parte do Sul do Brasil deve ter uma estação de temperatura acima da média climatológica.

Junho e julho, os dois primeiro meses da estação mais geladas, são, historicamente, os períodos que registram as temperaturas mais baixas. Agosto e setembro, no entanto, tendem a ter mínimas e máximas mais elevadas. Neste ano, os dois últimos meses de inverno podem ter dias de forte a intenso calor, com marcas perto ou acima de 35°C.

Apesar de alegrar os corações dos amantes do verão, tais episódios com alta temperatura costumam preceder eventos de tempo severo no Sul do Brasil. A alternância entre calor e frio é maior agosto e setembro, o que tende a levar a bruscas mudanças de temperatura. Essa "virada" pode acontecer no RS com vento e tempestades severas. "Isso piora não apenas o risco de tempo severo assim como de danos para a fruticultura por oscilações radicais de calor para frio e vice-versa", informa a MetSul.


Vai ter neve e geada?

Conforme os especialistas, invernos sem frio rigoroso, mas que tiveram ondas de frio de maior intensidade, podem registrar neve no RS. Esse é o caso de agosto de 1965, ano que teve forte presença de El Niño. Sob o fenômeno, a maior chance de neve ocorre em eventos de frio em agosto e ou no começo de setembro.

A geada será registrada especialmente em junho e julho e ocorrerá mesmo com incursões de ar frio mais fracas.

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