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Opinião Futuro

Nossa posição no futuro é construída

Nossa posição no futuro é construída

Publicado em: 23.06.2023 às 03:00 Última atualização: 23.06.2023 às 08:38

Quando se trata do futuro, existem três tipos de pessoas: as que deixam acontecer, as que fazem acontecer e as que se perguntam o que aconteceu. Talvez haja um quarto: aqueles que resistem que isso aconteça. A questão é descobrir qual deles somos.

As organizações públicas e privadas, precisam de líderes que ajudem a desenvolver a visão estratégica necessária para se preparar para o futuro.

Em meio a uma recessão econômica que a olhos vistos reduz até o número de veículos nas ruas e que parece ser o resultado de políticas ineficientes no enfrentamento da mais devastadora pandemia de que temos notícia na história contemporânea. Precisamos planejar para que o desenvolvimento social e econômico não naufrague e tenhamos problemas de dimensões ainda mais nefastas do que os provocados pelo vírus Covid-19.

As empresas e entidades públicas, até hoje, utilizavam o tradicional método newtoniano-cartesiano de planejamento estratégico, baseado em seus dados atuais para projetar o futuro e construíam indicadores matemáticos para controlar e medir o seu desempenho. A pandemia acelerou a transição do mundo atual no qual vivemos e a concepção estratégica de futuros, a transformação é contínua.

Saímos de um modelo estratégico formulado na década de 1990 denominado VUCA descrito por essas quatro letras, V de volatility (volatilidade), U de uncertainty (incerteza), C de complexity (complexidade) e A de ambiguity (ambiguidade), para um novo conceito, o de mundo BANI que é formado pelas seguintes palavras ou pilares: Brittle (Frágil), Anxious (Ansioso), Nonlinear (Não-linear) e Incomprehensible (Incompreensível).

O mundo BANI, representa exatamente as características do mundo que vivemos hoje, podendo ser interpretado como dificuldades para as organizações ou mesmo como novas oportunidades. Podemos entender que o pensamento linear, quadrado, perfeccionista e altamente detalhado não cabe em muitos dos cenários que vivemos hoje. O modelo VUCA, mecanicista e reducionista, foi superado pelo novo modelo, o BANI.

No Rio Grande do Sul os gestores precisam focar no planejamento estratégico para tentarmos reverter o cenário de permanente decadência que nos assola já faz anos. Temos um plano estratégico para o Estado, onde ele estaria escrito? Como foi discutido, quem interagiu neste debate?

Pode parecer incrível, mas o RS é o único Estado do Brasil que não tem uma agência de desenvolvimento, o que nos leva a crer que desenvolvimento está fora das prioridades em nossas políticas públicas. O que coloca nos ombros da inciativa privada esta tarefa da qual não podemos nos esquivar. Não existe desenvolvimento sem planejamento, sem que se eleja uma estratégia que esteja no mínimo em sintonia com os modelos mais avançados de planejamento já utilizados por muitos países e empresas.


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